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Países da zona do euro decidem recapitalizar bancos

Por Marcilio Souza
Atualização:

Os países que integram a zona do euro concordaram neste domingo em garantir temporariamente o financiamento aos bancos como parte de um pacote de medidas emergenciais para combater a crise de crédito mundial. O presidente da França, Nicolas Sarkozy, disse que as medidas - que também incluem a ajuda com liquidez, injeções de capital e novas regras contábeis para os bancos - serão implementadas "sem atraso" nos 15 países que utilizam o euro. Entretanto, não foi informado o quanto essas medidas irão custar, e Sarkozy disse que cada país decidirá o quanto irá gastar. Os outros países que fazem parte da União Européia e que não integram a zona do euro poderão ratificar as medidas quando se reunirem na próxima quarta-feira. Sarkozy disse esperar convencer os EUA a concordar com uma ampla reunião de cúpula envolvendo as principais economias do mundo para discutir medidas internacionais. A declaração final do encontro de líderes dos 15 países da zona do euro promovido hoje em Paris, reunião que foi presidida por Sarkozy, afirma que os governos irão garantir, "por um período interino e em termos comerciais apropriados", novos títulos de dívida emitidos pelos bancos por até cinco anos. "Esse esquema será limitado em quantidade, temporário, e será implementado sob monitoração das autoridades financeiras até 31 de dezembro de 2009". O comunicado diz que uma das formas pelas quais o governo poderá salvar os bancos inclui a compra de grandes fatias nessas instituições. Segundo o presidente francês, as medidas anunciadas hoje "não são um presente para os bancos". "Os bancos precisam de dinheiro", disse ele. "Os governos terão a possibilidade de garantir os empréstimos que os bancos receberem, e poderão garanti-los de diferentes formas." Para a primeira-ministra da Alemanha, Angela Merkel, os instrumentos acordados hoje tornarão a crise "um pouco mais administrável". As medidas, segundo ela, "vão permitir que os mercados voltem a funcionar, esse é nosso objetivo. Trata-se de uma mensagem forte para os mercados." Também presente à reunião, o presidente do Banco Central Europeu (BCE), Jean-Claude Trichet, recebeu bem as decisões resultantes do encontro. "A força da unidade que mostramos hoje é um elemento de confiança fundamental", disse ele. Mas Trichet alertou que "ainda há muita coisa para ser feita", tanto pelos governos quanto pelos bancos centrais. As informações são da Associated Press.

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