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Países emergentes perdem US$ 4 bilhões em abril, indica pesquisa

Levantamento é do Instituto de Finanças Internacionais (IIF, na sigla em inglês); riscos geopolíticos, inflação global, aperto monetário e temores de que a economia mundial desacelere aparecem como as principais causas

Por Gabriel Caldeira
Atualização:

O cenário de alta sensibilidade a risco nos mercados globais impactou ativos de países emergentes em abril, que registraram fluxo negativo de US$ 4 bilhões no mês, segundo informou o Instituto de Finanças Internacionais (IIF, na sigla em inglês) com base em dados coletados pela própria entidade. O IIF cita riscos geopolíticos, inflação global, aperto monetário e temores de que a economia mundial desacelere como as principais causas para a perda de apetite por mercados emergentes.

O mercado acionário foi o que puxou o fluxo negativo de abril, com saída de US$ 9,5 bilhões, enquanto a dívida de emergentes atraiu US$ 5,5 bilhões. A China, por outro lado, registrou entrada de US$ 1 bilhão no mercado acionário e saída de US$ 2,1 bilhões em títulos da dívida. 

Países emergentes perderam US$ 4 bilhões em abril;alta volatilidade nos mercados acionários em países desenvolvidos e menor apetite de investidores influenciaram. Foto: Gary Cameron/Reuters

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De acordo com o IIF, o fraco desempenho das ações de emergentes foi influenciado pela alta volatilidade nos mercados acionários em países desenvolvidos, bem como pelo menor apetite de investidores. Essa volatilidade, segundo a instituição, deve continuar nos próximos meses, e alguns mercados emergentes podem se recuperar após atingirem níveis muito baixos, ajudados por uma eventual alta nos preços de commodities. O aperto monetário global, no entanto, pode frear este ímpeto.

O IIF também cita que a guerra na Ucrânia, apesar de contribuir para o cenário de cautela, não tem atingido emergentes de forma “catastrófica” até agora. “Nossos dados de alta frequência registraram saída de capital em ações de emergentes – excluindo China –, mas o episódio não se aproxima do mais grave da última década”, afirma. 

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