Países periféricos impulsionam ações após medidas do BCE

As ações da zona do euro avançaram na quinta-feira, impulsionadas por ações de bancos em países periféricos, depois que o Banco Central Europeu (BCE) apresentou série de medidas para combater a inflação baixa e impulsionar a economia do bloco. O índice europeu de ações FTSEurofirst 300, que reúne as principais ações do continente, fechou em alta de 0,4 por cento, para 1.380 pontos. Já o índice Euro STOXX avançou 0,83 por cento, para 331 pontos, após registrar máxima de seis anos de 333 pontos. O indicador de blue chips Euro STOXX 50 terminou com ganho de 0,9 por cento, a 3.267 pontos. O BCE cortou as taxas, efetivamente cobrando dos bancos para depositarem dinheiro no banco central, e apresentou plano de quatro anos e 400 bilhões de euros com o objetivo de estimular o empréstimo no momento em que bancos enfrentam duras avaliações sobre a qualidade de seus ativos. Os bancos da zona do euro, que dependem da economia doméstica para seus lucros e enfrentam testes de estresse pelo BCE, saltaram 1,34 por cento. O BCE não anunciou compras de ativos de larga escala, conhecidas como "quantitative easing", mas o presidente da autoridade monetária, Mario Draghi, afirmou que está se preparando para possíveis compras de títulos lastreados em ativos para sustentar pequenas empresas e que vai adotar mais medidas se necessário. "Isso é muito positivo para ações porque implícito no anúncio está que as taxas ficarão baixas por muito tempo", disse o diretor de serviços de investimento da Crossbridge Capital, Manish Singh. Em LONDRES, o índice Financial Times recuou 0,08 por cento, a 6.813 pontos. Em FRANKFURT, o índice DAX subiu 0,21 por cento, a 9.947 pontos. Em PARIS, o índice CAC-40 ganhou 1,06 por cento, a 4.548 pontos. Em MILÃO, o índice Ftse/Mib teve valorização de 1,52 por cento, a 21.951 pontos. Em MADRI, o índice Ibex-35 registrou alta de 1,12 por cento, a 10.876 pontos. Em LISBOA, o índice PSI20 valorizou-se 1,02 por cento, a 7.238 pontos.