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Palocci admite inflação mais alta decorrente de petróleo em alta

Por Agencia Estado
Atualização:

O ministro da Fazenda, Antonio Palocci, admitiu que a alta do preço do petróleo pode trazer um aumento na inflação e uma redução no ritmo de crescimento mundiais em um médio prazo. Palocci afirmou que ainda existem "algumas coisas obscuras" em relação ao preço do petróleo, pois, segundo o ministro, não se sabe se o aumento é decorrente do aumento da demanda ou "se há algo mais nesse cenário". "Se for simplesmente uma ampliação de demanda, a tendência é de um ajuste sem impacto inflacionário. Mas, se tivermos problemas mais complexos, aí sim teremos uma repercussão, não só na inflação brasileira, mas na inflação e no ritmo de crescimento mundial", disse o ministro, logo após votar no Colégio Otoniel Mota, em Ribeirão Preto. No entanto, Palocci afirmou ser mais otimista em relação ao problema do petróleo e disse acreditar num ajuste dos preços do barril, mesmo que os valores não voltem aos patamares históricos (na casa de US$ 30 a US$ 35). "Não acho razoável que os preços fiquem tão elevados como estão hoje", disse. Palocci disse ainda que, apesar de ser certo que os preços permaneçam altos, não deverá haver o impacto no crescimento da inflação do Brasil, pelo fato de o País "viver o momento no qual o crescimento econômico já se solidificou e que o PIB terá aumentos bem acima dos previstos no início deste ano". Reuniões no FMI O ministro considerou positivas e muito bem sucedidas as reuniões das quais ele participou no Fundo Monetário Internacional (FMI) e no Banco Mundial. De acordo com o Palocci, as duas propostas levadas pelo Brasil - a de que o FMI crie instrumentos preventivos a crises e a de que o Banco Mundial se empenhe no combate à fome - foram muito bem aceitas e constaram nos documentos finais das reuniões das duas entidades. "Isso mostra que o Brasil tem força no campo internacional multilateral e tem conseguido colocar as suas teses com bastante prioridade e que o País tem representatividade em termos de força econômica", finalizou o ministro.

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