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Palocci afirma que risco de inflação explosiva está eliminado

Por Agencia Estado
Atualização:

O ministro da Fazenda, Antonio Palocci, afirmou hoje que o governo tem conseguido um percurso vitorioso do ponto de vista da inflação. "O risco de inflação explosiva, que tivemos no início do ano, está eliminado", afirmou, lembrando que as expectativas de inflação têm convergido para as metas e os índices, como o Índice de Preços ao Consumidor Amplo-15 (IPCA 15) divulgado hoje, de 0,22%, têm registrado queda constante. O ministro comentou também que o grande desafio da política econômica é conseguir conciliar uma inflação baixa com o crescimento do PIB. "Não crescer é ruim, mas crescer com inflação alta também não é bom", afirmou. Sobre a questão dos preços administrados, o ministro Palocci lembrou que o governo tem trabalhado no sentido de desenvolver uma negociação com as partes através do Ministério das Minas e Energia e do ministério das Comunicações. "A política monetária tem um efeito apenas indireto sobre os preços administrados. Mas o governo tem trabalhado a parte nessa questão", disse Palocci. Ele garantiu, entretanto, que essa negociação não implicará em rompimento de contratos. "O presidente Lula já tem dito que nós não vamos romper contratos", afirmou. O objetivo, segundo o ministro da Fazenda, é alcançar o equilíbrio da economia e garantir uma participação ativa dos investimentos. Sistema de metas Sobre o sistema de metas de inflação, o ministro disse que ele é como a democracia: pode não ser o mais perfeito, mas certamente é o melhor que existe. Palocci também voltou a explicar que o governo já havia decidido não buscar a meta de 4% para 2003 por entender que isso poderia implicar em uma redução drástica do PIB. Ele reconheceu que a inflação do primeiro trimestre de 2003 "tornou muito ambiciosa a meta de inflação de 8,5% para este ano". "Mas isto não quer dizer abandoná-la", afirmou o ministro, lembrando que para chegar à meta de 5,5% de inflação em 2004, a curva da inflação passará por essa meta de 8,5%. Ele não quis dar por perdida a luta para atingir a meta de 8,5% e disse que não se pode prever o futuro. "Vamos continuar trabalhando", concluiu.

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