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Palocci defende autonomia do Banco Central

O ex-ministro da Fazenda ressaltou, porém, a dificuldade política de implementação da medida

Por Agencia Estado
Atualização:

O ex-ministro da Fazenda Antonio Palocci defendeu nesta quarta-feira a formalização da autonomia operacional do Banco Central, mas ressaltou que, do ponto de vista político, a medida continua sendo muito difícil de se implementar. "Acompanhando esse debate no último período, vejo que não é só o PT que tem dificuldade com esse tema. A má notícia é que todos os partidos têm resistência", afirmou. Para Palocci, entretanto, o próximo governo deve ter a coragem de iniciar o debate, já no primeiro momento. "Acho que ele deve ser debatido, deve ser levado, assim como fez o governo trabalhista da Inglaterra, quando, no primeiro momento, fez a independência do Banco Central." De acordo com o ex-ministro, a autonomia do BC constitui uma reforma de custo baixo, com benefícios elevados para o País. "Certamente, vamos ganhar queda na taxa de juros, se nós formalizarmos a autonomia do Banco Central. Os benefícios já estão vindo na atitude prática e virão mais numa consolidação desta norma (da autonomia do BC)", disse. Palocci se disse otimista com relação ao tema, no caso de um segundo mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, e ainda destacou sua confiança no engajamento de Lula na manutenção do bem-estar da economia brasileira. "Sem objetivo eleitoreiro, tenho muita confiança num segundo mandato do presidente Lula, porque ele vê com muita racionalidade os temas da política econômica. Ele, inclusive, deu autonomia ao BC de uma forma muito positiva", finalizou.

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