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Palocci diz que crise atual do petróleo é ?fenômeno transitório?

Por Agencia Estado
Atualização:

O ministro da Fazenda, Antonio Palocci, disse hoje que o choque do petróleo atual é um fenômeno transitório, diferente do choque da década de 70, quando o problema foi estrutural. ?Não há elementos que demonstrem que haja um problema estrutural na demanda e oferta de petróleo no mundo hoje. E há muitas fontes alternativas de energia hoje no mundo", afirmou o ministro. Ele disse que não é "tão ousado como o Furlan (Luiz Fernando Furlan, ministro do Desenvolvimento)", que disse que os preços vão se reverter em três semanas. "Eu não sei quando isso vai acontecer", afirmou. Palocci disse que conversou sobre o assunto com a diretoria da Petrobras e afirmou que a companhia não tem política de ajustar imediatamente o preço segundo a variação internacional. "Ele varia, mas no tempo. No ano passado, quando houve aumento pré-guerra, a Petrobras não subiu os preços. Na queda, no pós-guerra, não baixou ou baixou pouco", exemplificou. De qualquer forma, o ministro da Fazenda lembrou que os diretores da Petrobras estão dizendo que, se o preço atual do petróleo persistir por mais tempo, será preciso aumentar os preços dos combustíveis. "Não tem uma regra. Se a alta do preço tem persistência, mesmo que não seja a 41 dólares, mas alguma coisa perto disso, a Petrobras tem que ajustar." Ele acrescentou que, no caso de o preço do petróleo se acomodar depois da alta, a Petrobras terá que baixar os preços dos combustíveis. "A política da Petrobras não precisa ser como nos EUA, que muda os preços todo o dia. É correto acompanhar ao longo do tempo, fazendo uma medida de equilíbrio durante um período", disse Palocci. Previsões de inflação já incorporam alta Palocci disse qe as previsões de inflação divulgadas hoje já incorporam a expectativa de aumento nos preços dos combustíveis. "As previsões de inflação deste ano, com vários institutos com quem conversei, com vários setores que trabalham com expectativa de inflação, já incorporam expectativa de aumento de preços, que varia de 8% a 10%", afirmou. Ele explicou que o Ministério da Fazenda não faz expectativa de inflação, mas apura no mercado. O ministro disse que a cada dois meses, a Fazenda dá ao Ministério do Planejamento dados de expectativas para serem utilizados no decreto bimestral do Orçamento. "Não há mudanças de previsão da Fazenda. O que houve foi uma mudança de previsão do mercado", explicou.

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