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Palocci diz que mudança no superávit não reduz esforço fiscal

Por Agencia Estado
Atualização:

O ministro da Fazenda, Antonio Palocci, garantiu hoje que a decisão do FMI de incluir o Brasil no projeto piloto para excluir do cálculo de superávit primário os gastos com infra-estrutura não representará uma redução do esforço fiscal. "O FMI não permitiu a exclusão dos investimentos em infra-estrutura nem nós pretendemos fazer isso. O superávit primário é o superávit primário", afirmou antes de se encontrar com investidores no almoço promovido pelo Conselho das Américas. O ministro esclareceu que o que existe é uma "consideração positiva" por parte do FMI de que o Brasil possa estabelecer, juntamente com outros países, projetos pilotos que coloquem a questão dos investimentos das empresas estatais e alguns investimentos públicos que tenham características específicas em termos de retorno, rentabilidade e eficiência em considerações diferentes do que é hoje no cálculo do superávit. "É uma estratégia que estamos dialogando com o Fundo para qualificar os investimentos; dar mais qualidade ao nosso quadro fiscal, principalmente valorizando investimentos que, pela sua grande capacidade de retorno vão dar ao País mais força fiscal e não enfraquecimento", afirmou. Ele não soube informar quando o governo poderia investir se a medida fosse adotada hoje, já que o projeto piloto do FMI dará essa resposta. O ministro espera que, ao valorizar o quadro fiscal brasileiro, essa medida do FMI melhore as condições para o crescimento econômico. "Quando você fala em valorizar os investimentos em infra-estrutura, o resultado esperado é que o PIB potencial do Brasil mude para mais", afirmou.

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