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Palocci e Meirelles defendem política econômica

Por Agencia Estado
Atualização:

Neste fim de semana que antecedeu a semana do primeiro Copom de 2005, a política econômica do governo recebeu a firme defesa do ministro da Fazenda, Antonio Palocci, e do presidente do BC, Henrique Meirelles. Em entrevista ao Canal Livre, exibido pela TV Bandeirantes, Palocci disse que até o presidente foi consultado sobre se a condução da política econômica deveria ser mudada. A resposta do presidente, de acordo com ele, foi "absolutamente". Meirelles, por sua vez, como o entrevistado das páginas amarelas da edição de "Veja" desta semana, partiu para o ataque contra os críticos da política monetária do BC. Em um trecho, chegou a afirmar que "o que os críticos não dizem é que baixar os juros drasticamente equivale a dar um calote nos investidores que têm papéis do governo, inclusive nos domésticos, que perfazem 70% da dívida pública". "Alguns críticos não admitem, mas a única alternativa que sugerem é o calote", enfatizou Meirelles. Meirelles admitiu que as taxas são altas "e isso é ruim", mas condicionou a queda do custo do dinheiro à inflação. "Temos de aplicar as taxas que sejam adequadas para o País em cada momento. À medida que a política monetária for bem aplicada, que a inflação estiver consistentemente na meta e o endividamento do País declinar, certamente as taxas vão cair", afirmou. O presidente do BC disse não ser verdade que os juros são excessivamente elevados. "Isso não é verdade, pois, como se sabe, uma taxa de juros excessivamente elevada traria as expectativas de inflação para um patamar abaixo da meta, o que não está ocorrendo", disse. A política cambial foi defendida pelo ministro da Fazenda, Antonio Palocci . O ministro negou que as compras de dólares feitas pelo Banco Central fossem para conter a queda da moeda e ponderou que o momento não é de desespero. Palocci disse ainda não acreditar que a queda do dólar no mercado externo, pressionada para baixo pelos déficit fiscal e comercial dos EUA, vá perdurar.

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