Publicidade

Palocci elogia negociação para crédito com desconto em folha

Por Agencia Estado
Atualização:

O ministro da Fazenda, Antonio Palocci, mostrou-se satisfeito com os juros fixados pela Central Única dos Trabalhadores (CUT) e bancos, no acordo firmado para concessão de empréstimos com desconto em folha de pagamento. O processo de discussão da CUT resultou em juros entre 1,75% e 3% ao mês, abaixo do índice fixado para as operações de microcrédito, de 2% ao mês, comentou o ministro. Ele participou da solenidade onde a CUT formalizou a assinatura de um convênio com oito dos 19 bancos que foram selecionados para operar com os sindicatos ligados à central. Para Palocci, as taxas de juros alcançadas revelam que a redução das taxas deve ser feita por meio de negociações, as quais, segundo ele, são mais eficazes que o decreto. De acordo com o presidente da CUT, Luiz Marinho, os trabalhadores sindicalizados poderão contratar empréstimos com uma taxa de juros mínima de 1,75% ao mês, caso a operação seja de seis meses. No caso de um empréstimo de 36 meses, a taxa é de 2,8% ao mês. Para os trabalhadores não sindicalizados, a taxa de juros será de 2% ao mês para as operações mais curtas, e de 3,3% ao mês para as mais longas. Os bancos cobrarão uma taxa de abertura de crédito (tac), no valor de R$ 10,00, para sindicalizados, e R$ 20,00, para não sindicalizados. "O resultado é bom para os trabalhadores mas, certamente, será bom também para os bancos", disse Marinho. Avaliação dos bancos Na avaliação do diretor-executivo do Bradesco, Paulo Isola, os juros fixados no acordo firmado com a CUT são bons. "Atingimos o melhor patamar de juros em operações consignadas de crédito para o trabalhador brasileiro", disse. Para o presidente da Caixa Econômica Federal, Jorge Mattoso, o mecanismo de concessão de crédito com desconto em folha de pagamento funcionará com mais um instrumento de "sustentação" de consumo no País. "A redução dos juros e do spread bancário é indispensável para o momento que estamos vivendo no Brasil, e o crédito com consignação é importante para isso", avaliou.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.