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Palocci nega responsabilidade pelo surto de aftosa

"Eu me responsabilizo quando não há recursos, muitas vezes o ministério nega recursos. Mas, neste caso da aftosa, o próprio ministro (da Agricultura, Roberto Rodrigues) tem informado que não faltaram recursos", disse Palocci.

Por Agencia Estado
Atualização:

O ministro da Fazenda, Antonio Palocci, negou hoje que seu ministério tenha qualquer responsabilidade no surto de aftosa. Segundo ele, o ministério liberou R$ 90 milhões para a área de defesa animal e vegetal e até o momento foram utilizados apenas R$ 50 milhões. "Eu me responsabilizo quando não há recursos, muitas vezes o ministério nega recursos. Mas, neste caso da aftosa, o próprio ministro (da Agricultura, Roberto Rodrigues) tem informado que não faltaram recursos." Palocci aproveitou a resposta sobre a aftosa, na entrevista concedida na sede do BNDES, para reafirmar que não abre mão do compromisso fiscal. "Não quero colher desastres", afirmou. O ministro também negou, na coletiva, que a alta carga tributária possa estar atrapalhando investimentos no País. Para ele, não são os tributos que definem os investimentos, mas sim a estabilidade econômica, como tem ocorrido no País. Compromisso fiscal de longo prazo Palocci explicou que o compromisso fiscal de longo prazo que se desenha no governo consiste em um debate para traçar um cenário fiscal de dez anos. "Se conseguirmos dizer que há um compromisso (fiscal) no País para dez anos de lideranças partidárias do Congresso Nacional, os mercados responderão no curto prazo porque isso dá consistência para a dívida". Palocci disse que a questão do compromisso fiscal de longo prazo "é o debate real no governo" no momento, mas ainda não há definição se dependerá de alguma medida constitucional. Segundo ele, o que está definido é o objetivo de que esse compromisso leve à redução da carga tributária e à melhoria da poupança pública. Queda dos juros O ministro usou também o compromisso fiscal para responder à pergunta de quando haverá uma queda mais rápida dos juros. "Com um quadro fiscal de longo prazo, haverá reflexo nesse delicado e sensível ponto. É preciso certeza da convergência da dívida pública para níveis melhores. Não adianta falar ao Banco Central que resolva o problema dos juros. O BC tem feito um trabalho extraordinário, o nível de juros na economia é dado por um conjunto de fatores".

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