O deputado Antonio Palocci (PT-SP) defendeu nesta quarta-feira, 14, uma regulamentação leve para o setor sucroenergético brasileiro. "Não vão pedir muito espaço porque o Estado gosta e depois não sai mais. E não ajuda muito", argumentou a uma plateia de especialistas em cana-de-açúcar e derivados durante seminário "O Setor Sucroenergético e o Congresso Nacional: construindo uma agenda positiva".
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Palocci disse que a sugestão de se ter uma regulamentação mínima se deve à avaliação de que o próprio mercado conseguirá criar mecanismos que limitem o setor. "Com o carro flex (movido a álcool e gasolina), o consumidor decide que tipo de combustível ele quer consumir", afirmou.
Assim, de acordo com o parlamentar, não é necessário que o governo obrigue o setor a produzir para evitar falta de produto no mercado. "A tecnologia nos trouxe isso de bom. Se o produtor não tiver álcool, ele simplesmente não vende", disse.
Palocci salientou que é preciso, porém, evitar o avanço do plantio da cana em áreas de floresta amazônica para que o Brasil não corra o risco de ter as "portas fechadas eternamente" para o etanol brasileiro. Para ele, infelizmente, circula no exterior a informação inverídica de que o álcool brasileiro é produzido na Amazônia. "É preciso combater isso com informação e legislação criteriosa", observou.
O deputado não se diz contrário ao desenvolvimento da região e afirmou ser favorável, inclusive, à Zona Franca de Manaus. "Mas não sou favorável ao plantio indiscriminado", acrescentou.