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Palocci usa controle da inflação para justificar alta dos juros

Por Agencia Estado
Atualização:

Em uma defesa enfática da política monetária, o ministro da Fazenda, Antonio Palocci, afirmou hoje que o governo não vai deixar que a inflação prejudique o processo de crescimento sustentado da economia brasileira. Ao comentar a decisão de ontem do Banco Central de elevar mais uma vez a taxa de juros, o ministro afirmou que a política monetária reage a um mal maior que se chama inflação. Segundo Palocci, o que prejudica o processo de crescimento e equilíbrio é a inflação. Segundo Palocci, quando há pressão inflacionária é preciso olhar com atenção para esse processo, para não deixar que a inflação corroa a renda e a partir daí aborte o processo de crescimento. Na avaliação do ministro, política monetária é aquela que pode fazer com que o crescimento se equilibre. "A inflação quando vem, desequilibra o crescimento e desorganiza a vida das empresas e da economia e subtrai a renda das famílias", disse Palocci. Ele disse ainda que está muito seguro da política que vem sendo adotada e afirmou que o foco não pode ser apenas juros. Ele ressaltou, no entanto, que as críticas contra a política são legítimas. Mas ponderou que política econômica não é feita para fazer tudo o que se pede. Palocci manifestou sua convicção de que está muito otimista com o ano de 2005. Ele disse que tem certeza de que será mais um ano de crescimento, afirmando que todos os indicadores da economia são favoráveis. A uma pergunta sobre se seria preciso mais aumento de juros para conter esse processo inflacionário, o ministro respondeu: "Temos que observar. Não temos que ter atenção só à futura decisão do Copom. Temos que ter atenção às decisões de preços da economia", afirmou o ministro, insistindo que o Copom reage a preços e que é preciso acompanhar esse processo. Preços administrados Ele avaliou ainda que as pressões inflacionárias que estão sendo observadas hoje estão longe de serem apenas referentes a preços administrados. "Seria bom que fossem, mas não são. Basta ler as atas do Copom", alertou o ministro.

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