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Palocci vê sinais de aquecimento na economia

Por Agencia Estado
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O ministro da Fazenda, Antonio Palocci, disse que o Brasil já está preparado para iniciar um novo período de crescimento sustentado. "Todos os dados, quer de comércio, quer de indústria pararam de piorar desde julho. Até julho foi uma queda de atividades. Agora já tem sinais de aquecimento da atividade econômica", afirmou o ministro em entrevista no De Frente com Gabi, no SBT. Palocci sustenta que, agora, o País já estaria em condições de iniciar um período de crescimento prolongado: "Eu acredito que, de agora para a frente, o Brasil cresce e gera empregos. Nós estamos preocupados que o Brasil tenha um longo período de crescimento sustentado." O ministro lembrou que a taxa de juros tem caído de maneira substantiva, de modo a permitir um reaquecimento da atividade econômica e crescimento do PIB. "Vai ter aumento do PIB e vai ter redução de juros", garantiu Palocci. Ele prevê que o Brasil poderá ter, em dois ou três anos, taxa de juro real na faixa de 4% a 5%: "Se a economia vai se acertando, se nós vamos retirando os gargalos para o crescimento e eliminando os nossos problemas econômicos não é verdade que nós temos de conviver com juros altos", frisou sobre a corrente de economistas que acreditam que o País ainda não tem condições de reduzir os juros mais acentuadamente. "Eu acho que não. Nós podemos trabalhar e fazer uma política equilibrada que leve esses juros a patamares mais baixos." Acordo com o FMI Quanto à possibilidade de um novo acordo com o Fundo Monetário Internacional (FMI), o ministro Antonio Palocci foi suscinto: "Se nós precisarmos de um novo acordo, o FMI vai fazê-lo", salientou. Ele ressalvou que o Brasil não necessita necessariamente fechar o acordo com o Fundo, mas acredita que ele poderia dar mais tranqüilidade para o País crescer: "Dentro de uma equação de se transitar por um período de crescimento, (o acordo) pode ser útil ao Brasil", ponderou. "É esse equilíbrio que nós estamos buscando neste momento." Reformas constitucionais Palocci considera "um golpe de mestre" do presidente Lula ter iniciado as reformas tributária e da Previdência ainda no primeiro ano de governo. Ele acha que a polêmica criada em torno delas é normal pelo fato de elas estabelecerem mudanças profundas no País. "Eu acho que a reforma (da Previdência) que está sendo feita pelo governo neste momento está sendo muito satisfatória", analisou. Por outro lado, justificou as idas e vindas da reforma tributária: "A tributária é uma reforma muito conflituosa, por envolver o lado daqueles que querem arrecadar mais e o dos que querem pagar menos", diagnosticou. "Esta reforma está procurando fazer uma simplificação e uma melhora da qualidade dos impostos."

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