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Panamericano vai ajustar Basileia com recursos da Caixa, FGC e BTG

Indicador ficou negativo em 4,74% em dezembro, bem abaixo do mínimo exigido pelo BC, de 11%

Foto do author Altamiro Silva Junior
Por Altamiro Silva Junior (Broadcast) e da Agência Estado
Atualização:

O Panamericano promete ajustar sua estrutura de capital e se enquadrar nas regras do Banco Central ainda neste mês contando com recursos da Caixa Econômica Federal, BTG Pactual e do Fundo Garantidor de Créditos (FGC), segundo o diretor de Controladoria da instituição, Raphael Rezende. O banco registrou em dezembro Índice de Basileia negativo de 4,74%, bem abaixo do mínimo exigido pelo BC, de 11%. O Basileia é um indicador que mede quanto o banco pode emprestar sem comprometer sua estrutura de capital.

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Os números de janeiro ainda não estão fechados, mas, segundo Rezende, foram cedidos R$ 700 milhões em carteiras de crédito. Além disso, o FGC pode comprar um total de carteiras de até R$ 3,5 bilhões sem coobrigação (não assume o risco da carteira comprada). Já a Caixa pode comprar créditos em até R$ 8 bilhões, também sem coobrigação, além de liberar mais R$ 2 bilhões no interbancário. O BTG pode capitalizar o Panamericano em até R$ 4 bilhões. Outra fonte de recurso é um depósito de R$ 1,3 bilhão feito pelo empresário Silvio Santos no momento da venda de sua participação para o BTG, em 31 de janeiro.

Segundo Rezende, o Panamericano vem conversando com o BC sobre o enquadramento e o ajuste de seu Índice de Basileia, o único entre os bancos brasileiros que é negativo. Com isso, pode fazer um depósito em conta vinculada no Banco Central dos recursos necessários para o enquadramento. O BC permite que se faça um depósito temporário do valor ou parte dele, até que a instituição financeira consiga efetivamente ajustar seu capital.

O Panamericano fechou dezembro com patrimônio líquido de R$ 197 milhões. O banco também informou o Índice de Basileia de novembro, que estava negativo em 2,6%. Sobre os números anteriores, o executivo afirmou que eles não podem ser comparáveis, por conta do rombo de R$ 4,3 bilhões e dos ajustes patrimoniais necessários para cobri-lo.

"Os números de dezembro foram os mais fiéis que conseguimos apresentar. Qualquer coisa diferente disso não espelha a realidade", destaca o diretor superintendente do Panamericano, Celso Antunes da Costa.

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