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PÃO DE AÇÚCAR quer gastar menos e melhor em 2008

Por Tais Fuoco
Atualização:

Boa parte da estratégia da reestruturação pela qual passa o grupo Pão de Açúcar desde o final do ano passado envolve redução no volume de investimentos e novas formas da companhia gastar os recursos. Este ano, por exemplo, o volume previsto de dispêndio de capital é de 733 milhões de reais ante os 1,2 bilhão de reais aplicados no ano passado. "É o menor capex dos últimos anos", afirmou Abílio Diniz, presidente do conselho de administração da companhia, em encontro com os investidores nesta quarta-feira, referindo-se à sigla pela qual é conhecida a expressão "capital expenditure". Segundo ele, o conselho "está não só satisfeito com o que a companhia está se propondo este ano, mas também surpreso". Na sua definição, trata-se de um orçamento "extremamente corajoso". Ele lembrou que, nos últimos dois anos (2006 e 2007), a companhia investiu 2,2 bilhões de reais. "Os investidores nos cobravam que, apesar do aumento do capex, não havia crescimento das margens", disse Diniz. Por isso, a meta da atual diretoria é não só reduzir o volume investido, mas também ampliar a margem Ebitda para algo entre 7,5 e 8 por cento das receitas, contra o índice de 6,9 por cento de 2007. Nesse sentido, o grupo reduziu sua estimativa inicial de abertura de novas lojas do modelo Extra Fácil em 2008 de 80 para 60, informou a companhia. O modelo dessas lojas é conhecido como "varejo de proximidade" ou de bairro. Além dessas 60 novas lojas, a companhia vai implantar 10 postos de combustível, 14 lojas Assai, 2 CompreBem, 2 Extra e 3 lojas da bandeira Pão de Açúcar. Em 2007, o grupo abriu 51 pontos. Em dezembro, o Pão de Açúcar havia informado em reunião com investidores que pretendia abrir 105 novas lojas do grupo este ano que exigiram investimentos de 1 bilhão de reais. Na ocasião, executivos da companhia ressaltaram que os números definitivos somente seriam fechados este ano. Dos investimentos que serão feitos em 2008, um terço, ou 250 milhões de reais, serão aplicados na compra de terrenos. "Estamos pensando no crescimento que queremos implementar a partir de 2009", afirmou Cláudio Galeazzi, que assumiu a presidência da companhia em dezembro de 2007 com a missão de reestruturar o grupo. Outros 260 milhões de reais serão usados na reforma e infra-estrutura, áreas que receberam 465 milhões de reais no ano passado. A área de novas lojas e conversões receberá 160 milhões de reais e o atacadão Assai, outros 64 milhões de reais.

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