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Pão de Açúcar tem ganho 37,2% menor

Lucro acumulado pelo grupo no semestre é de R$ 63,5 milhões

Por Lorena Vieira
Atualização:

O Grupo Pão de Açúcar fechou o segundo trimestre do ano com um lucro líquido de R$ 27,5 milhões, uma queda de 32,7% na comparação com o mesmo período de 2006. No acumulado do semestre, o lucro do grupo foi de R$ 63,5 milhões, 37,2% menor que os R$ 101,1 milhões conseguidos no primeiro semestre do ano passado. A receita líquida de vendas no segundo trimestre foi de R$ 3,5 bilhões, uma alta de 6,4% em relação ao mesmo período de 2006, enquanto a receita acumulada no semestre foi de R$ 7,1 bilhões, um crescimento de 6,6% na comparação com 2006. De acordo com o diretor-administrativo e financeiro da companhia, Enéas Pestana, a queda no lucro no segundo trimestre deve-se ainda à estratégia de redução de preços iniciada pelo grupo em junho do ano passado. Segundo ele, como a base de comparação ainda não tinha o efeito completo da política de preços reduzidos, o lucro caiu agora, quando o impacto ocorreu em todos meses. O executivo afirmou, porém, que o lucro líquido de R$ 27,5 milhões poderia ser maior, caso a companhia decidisse usar o crédito de R$ 15 milhões referente ao imposto de renda da Sendas Distribuidora, que registrou prejuízo líquido no período de R$ 42,8 milhões. Se o valor do crédito fosse utilizado - o que deverá ser feito quando a operação da Sendas registrar resultado positivo -, o lucro líquido da companhia poderia alcançar R$ 42 milhões, patamar semelhante ao registrado entre os meses de abril e junho do ano passado. Pestana destacou que o desempenho da companhia como um todo foi positivo devido ao aumento de 1,7% no fluxo de clientes e de 3,9% do tíquete médio no período. ''''É um desempenho bastante saudável e sustentável'''', disse, destacando a manutenção da estratégia de redução de preços. Para ele, há perspectivas de que os resultados da companhia nos próximos meses fiquem próximos dos números registrados em iguais períodos anteriores. Na Sendas Distribuidora, porém, a margem Ebitda, de 1,4%, ficou mais uma vez abaixo da estimativa da companhia de 5% para 2007. ''''O fato de termos contratado o Cláudio (Galeazzi) para nos ajudar a virar o jogo mais rapidamente é porque não vamos sair do Rio'''', afirmou, referindo-se ao trabalho de reestruturação iniciado recentemente na distribuidora pela consultoria Galeazzi & Associados. Hoje a operação no Rio do Pão de Açúcar é feita em parceria com a Sendas S.A, mas o grupo poderá comprar a parte da sócia.

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