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Para Amaral, Brasil tem todos ingredientes para baixar juros

Por Agencia Estado
Atualização:

O ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Sérgio Amaral, disse nesta segunda-feira que o Brasil tem todos os ingredientes para reduzir as taxas de juros nos próximos meses. Segundo ele, o bom desempenho fiscal e a redução do déficit em conta corrrente dão boas condições para redução dos juros. "Temos um cenário internacional que precisa ser levado em conta, mas a tendência é reduzirmos os juros", disse. Ele lembrou que o desempenho da balança comercial tem possibilitado a redução do déficit em conta corrente. Além de prever uma retomada mais intensa do comércio com a Argentina, no ano que vem, Amaral disse que o Brasil deve aumentar também seu fluxo comercial graças à abertura de novos mercados como a China, a Índia e a Coréia e à assinatura de acordos bilaterais como o que foi assinado semana passada com o México. Superávit de US$ 8 bilhões Amaral acredita que a balança comercial brasileira deverá apresentar um superávit de US$ 8 bilhões em 2003, graças à retomada da economia argentina e do aquecimento da economia mundial, que deve elevar os preços dos produtos. Segundo ele, o déficit com a Argentina, neste ano, deverá situar-se em torno de US$ 2,5 bilhões a US$ 3 bilhões, atingindo significativamente o saldo da balança comercial. Ele acha, no entanto, que a economia argentina deve melhorar e que, portanto, devem também ser retomadas em maior proporção as compras de produtos brasileiros, diminuindo o déficit comercial brasileiro. O ministro avaliou que a economia mundial deve se recuperar, o que deverá provocar uma melhora nos preços dos produtos. "Há muitas boas razões para continuarmos a aumentar o nosso saldo comercial", disse ele, otimista. "A Argentina certamente retomará a sua atividade, e a e conomia mundial também", disse ele. "E o mais importante é que iremos reduzir substancialmente o déficit de conta corrente". Amaral afirmou, ainda, que o superávit de US$ 8 bilhões, por ele previsto para o ano que vem, pode vir a ser maior ainda, dep endendo das circunstâncias da eocnomia mundial. Amaral reafirmou, também, sua previsão de que a balança comercial deverá alcançar, este ano, um superávit de US$ 5 bilhões.

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