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Para analistas, mão de obra deve causar 'ruído'

Por Luciana Collet (Broadcast)
Atualização:

A permissão dada pelo texto da Medida Provisória dos Portos, convertida em lei depois de aprovada na quinta-feira pela Câmara e pelo Senado, para que terminais privados utilizem força de trabalho de fora do Órgão Gestor de Mão de Obra (Ogmo) ainda deve provocar barulho no futuro, na opinião do BTG Pactual. Os analistas do setor de transportes do banco, Renato Mimica, Felipe Nüssli e Samuel Alves, lembram que o tema tem sido foco de reclamação de sindicatos, que fazem ameaças e greves, e de operadores portuários públicos, que continuam obrigados a utilizar mão de obra sindicalizada e exigem igualdade com os pares privados."Esperamos que esse aspecto do projeto de lei estimule ainda mais ruído no futuro", comentaram, em relatório para clientes.Embora tenham salientado esse ponto polêmico, os profissionais destacam que o texto aprovado não apresenta grandes mudanças em relação à medida provisória divulgada em dezembro e consideram que a aprovação do projeto de lei deve acelerar os investimentos na capacidade portuária brasileira. Para o BTG, o projeto de lei não muda muito os fundamentos da Santos Brasil, maior operadora de contêineres do Porto de Santos, mas os analistas sinalizam que novos projetos e o foco na eficiência logística podem ser positivos para a empresa. Negociação. "O projeto de lei abre formalmente o caminho para a renovação da concessão, e a Santos Brasil deverá começar a negociar em breve os termos de renovação com a Codesp (Companhia Docas do Estado de São Paulo, que administra o porto)", acrescentam os analistas. Os profissionais dizem, ainda, que não preveem nenhuma grande mudança na perspectiva para o terminal de contêineres no Porto de Santos e lembram que os planos Brasil Terminais Portuários (BTP) e Embraport de adicionar, juntos, 2 milhões de TEUs (contêiner equivalente a 20 pés) de capacidade anual até 2015 já são conhecidos e estão precificados.

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