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Para analistas, Selic pode continuar a cair e terminar o ano em 4,5%

Parte dos economistas vê espaço para mais duas reduções de 0,5 ponto porcentual na taxa básica de juros até dezembro

Foto do author Francisco Carlos de Assis
Por Beth Moreira , Antonio Perez e Francisco Carlos de Assis (Broadcast)
Atualização:

Diante das justificativas do Banco Central para a queda da taxa básica de juros, parte dos analistas acredita que há espaço para mais dois cortes seguidos de 0,50 ponto porcentual na taxa Selic.

Bradesco e Itaú reduziram taxas a clientes após decisão do Copom Foto: Daniel Teixeira/Estadão

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Para Rodolfo Margato, economista do Santander, ao mostrar um cenário benigno para as projeções de inflação para este ano e o próximo, o Comitê de Política Monetária (Copom) sinaliza a possibilidade de mais afrouxamento monetário. “Nossa leitura é de um comunicado ‘dovish’ (política expansionista, de estímulo à atividade econômica), especialmente por conta das projeções de inflação”, explica. O Santander também reitera a expectativa de Selic estável em 4,5% ao longo de 2020.

A economista-chefe da Ourinvest Investimentos, Fernanda Consorte, disse que, apesar de não fazer projeções para taxa de juros, avalia ser perfeitamente factível a Selic encerrar ano entre 5% e 4,5%.

Para Fernanda, pesa também a favor da continuidade dos cortes da Selic o fato de o cenário de baixa atividade pelo qual passa a economia não possibilitar repasses da alta do dólar para os preços. O comunicado, diz, manteve praticamente os mesmos balanços de riscos vistos na ata da reunião anterior: “O BC segue dando atenção para a atividade externa, mas sinaliza que a queda de juros nas economias centrais pode trazer algum alívio para os emergentes.”

“Acreditamos que essa decisão sinaliza que o Banco Central deve continuar com o processo de corte de juros, se não ocorrerem choques externos relevantes”, diz Gabriela Fernandes, economista chefe da Gauss Capital, sobre o corte do juro.

Bancos cortam juros

O Bradesco informou que reduzirá os juros de suas principais linhas de crédito a partir de segunda-feira, acompanhando a decisão do Copom. O banco não especificou quais linhas terão taxas menores.

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O Itaú Unibanco também anunciou uma redução nas taxas de juros de suas linhas de crédito. O banco disse que vai repassar integralmente o corte de 0,50 ponto porcentual anunciado ontem. Em nota, o banco informa que, para pessoa física, a queda será no empréstimo pessoal e, no caso de pessoa jurídica, no capital de giro. Conforme o Itaú, os valores, que passam a valer a partir de amanhã, variam de acordo com o perfil do cliente e de seu relacionamento com o banco.

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