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Para assegurar longevidade às PMEs

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Por Redação
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EDITORIALFalta de recursos e pouco conhecimento de técnicas de gestão e das condições do mercado estão entre as principais causas da mortalidade das empresas, especialmente nos primeiros anos de existência, de acordo com estudos de instituições acadêmicas e do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae).Em muitos segmentos, parte desses problemas pode ser superada com orientações adequadas, como as fornecidas pelo próprio Sebrae. Políticas públicas colocadas em prática nos últimos anos para apoiar os pequenos empreendimentos de diferentes maneiras igualmente contribuem para aperfeiçoar a gestão dessas empresas e assegurar-lhes condições para sobreviver num ambiente de competição.Surpreendentes, porém, têm sido os resultados altamente positivos alcançados por empreendimentos apoiados por incubadoras de empresas. O Sebrae calcula que a taxa de mortalidade das empresas no primeiro ano de existência, em média de 70% a 80% para todos os empreendimentos, cai para apenas 20% entre as que contam ou contaram com o apoio de uma incubadora.Hoje existem mais de quatro centenas de incubadoras, que operam em praticamente todos os estados, boa parte delas vinculada a instituições acadêmicas. Como o nome sugere, as incubadoras oferecem o ambiente propício para o crescimento de empresas em estágio inicial, geralmente com o fornecimento, a preços baixos, de espaço físico, infraestrutura (sala de reuniões, telefonia, internet, estacionamento e outros serviços), além de assessoria gerencial e, em vários casos, orientação e apoio tecnológico.O Sebrae oferece, em muitas incubadoras, cursos nos quais os pequenos empreendedores recebem orientações sobre como elaborar projetos para instituições de fomento e ter acesso a diferentes fontes de financiamento.O apoio na fase de desenvolvimento dos projetos da nova empresa, o treinamento e a capacitação dos empresários em início de carreira e de seus funcionários e, em muitos casos, a oferta de suporte técnico e operacional podem ser essenciais para os pequenos empreendimentos, sobretudo os do setor de tecnologia, superarem as dificuldades iniciais, adquirirem maturidade e, por fim, se tornarem sustentáveis fora das incubadoras.Para os municípios onde estão instalados, esses centros de apoio aos novos empreendimentos representam uma oportunidade de crescimento. Seu papel seria ainda mais notável se contassem com estímulos mais eficazes do setor público, especialmente por meio de programas que assegurem a maior participação do capital privado de risco, ainda escasso nessa atividade.

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