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Para banqueiros, calote mantém taxas elevadas

Por Jamil Chade e Zurique
Atualização:

O presidente do Itaú, Roberto Setubal, disse que os spreads bancários terão dificuldade de serem reduzidos diante da alta da inadimplência no Brasil. Ele afirmou que dados da Serasa apontam tendência preocupante e que nenhum banco vai correr o risco de reduzir os custos de empréstimo nessa situação. Já William Rhodes, presidente do Citibank, insinuou que o BC terá de manter o corte na taxa de juros nos próximos meses. "Os spreads estão relacionados com a inadimplência", diz Setubal. Para ele, a previsão do mercado é de que a taxa de juros do BC fique abaixo de 11% até o fim do ano. Ele ainda se mostrou confiante no fato de que o presidente do BC, Henrique Meirelles, esteja ciente de que terá de reduzir os juros. "Teremos cortes", afirmou. Setubal disse que o último corte do BC foi repassado ao consumidor final. Mas admitiu que isso pode não ocorrer diante do aumento nas taxas de inadimplência. "Os bancos precisam avaliar os riscos", explicou. Um aumento da inadimplência, segundo ele, dificulta também a possibilidade de o spread bancário ser reduzido. Apesar do aumento da inadimplência no Brasil, Rhodes disse que o BC não terá outra alternativa senão cortar a taxa de juros, mas elogiou a administração dos juros no Brasil nos últimos anos. "O BC fez bem seu trabalho e merece a maior nota". Insinuou, porém, que o País também seguirá a tendência mundial de corte. "Primeiro foi o Japão, depois Estados Unidos e Europa. Vamos ver mais disso acontecer no mundo", afirmou Rhodes.

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