
15 de setembro de 2014 | 17h23
"O principal ajuste é promover uma flutuação maior do câmbio. Isso significa que o câmbio vai se depreciar um pouco mais e a medida da depreciação vai depender do quanto se avançar na questão fiscal", disse ele ao participar de evento realizado pela Fundação Getúlio Vargas em São Paulo.
Barbosa, cujo nome é um dos que mais circulam no governo para suceder Guido Mantega no Ministério da Fazenda caso a presidente Dilma Rousseff (PT) seja reeleita, avaliou que um aumento rápido da meta fiscal não é sustentável.
"O primário tem que ir a um nível de 2 por cento do PIB (Produto Interno Bruto) num período de 2 anos; no mínimo dois anos, talvez até mais", disse. Ele destacou que o mais importante nessa tarefa é melhorar a previsibilidade da política macroeconômica.
Mais cedo, ao participar do mesmo evento, Mantega havia dito que é preciso ter superávit primário maior em 2015 para que se dê suporte ao Banco Central para flexibilizar a política de juros no país.
A meta de superávit do próximo ano é de 114,7 bilhões de reais, correspondente a 2 por cento do PIB, já considerando o abatimento de 28,7 bilhões de reais em gastos com investimento.
Neste ano, a meta fiscal de 99 bilhões de reais, equivalente a 1,9 por cento do PIB está ameaçada. Nos 12 meses encerrados em julho, essa economia de gastos para o pagamento dos juros da dívida pública estava em apenas 1,22 por cento do PIB.
(Reportagem de Renan Fagalde)
Encontrou algum erro? Entre em contato
Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.