PUBLICIDADE

Publicidade

Para Belluzzo, novo ministro deve dialogar com o setor privado

‘A economia não cresce sem a expansão dosrendimentos dosassalariados e dos lucros das empresas’, disse

Por Ricardo Leopoldo
Atualização:

O novo ministro da Fazenda, Nelson Barbosa, deverá atuar para gerar a coordenação das políticas fiscal e monetária e dialogar com o setor privado e trabalhadores a fim de retomar o investimento autônomo e o consumo na economia disse o ex-secretário de Política Econômica, Luiz Gonzaga Belluzzo.

“A economia capitalista não cresce sem a expansão dos rendimentos dos assalariados e dos lucros das empresas. É preciso estimular o crescimento. Todo mundo está esperando isso”, disse. Ele aposta que o principal canal para que isso ocorra é a decolagem das concessões públicas em infraestrutura em 2016.

Ex-secretário de Política Econômica do Ministério da Fazenda,Luiz Gonzaga Belluzzo Foto: ALEX SILVA/ESTADÃO

PUBLICIDADE

Para Belluzzo, “Barbosa é um ótimo economista. Será uma transição no posto o mais suave que se poderia esperar. O Nelson tem bom senso e tentará corrigir os desequilíbrios da economia, causados especialmente pelo choque de juros para combater uma inflação causada por um reajuste brutal de preços administrados.”

Belluzzo afirma que o novo ministro saberá atuar para tirar a atividade da recessão, “da melhor forma possível”.

O economista afirma que o melhor caminho para o País retomar a expansão do PIB é preciso negociar e conversar com o setor privado e com os trabalhadores. “Ouvir as demandas. Tem que estimular o investimento autônomo, especialmente com as concessões públicas em infraestrutura, uma tese que é muito defendida por diversos economistas conceituados pelo mundo, inclusive Oliver Blanchard. É preciso fortalecer o circuito renda-emprego.”

Belluzzo descarta a liberação de crédito por bancos públicos: “Na atual conjuntura, essa posição, que é inclusive defendida pelo ex-presidente Lula não funcionaria. As pessoas estão com medo de perder o emprego e portanto não assumirão mais financiamentos.”

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.