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Para Benchimol, a XP é uma empresa de tecnologia

'Em 2020, contratamos 600 pessoas da área; temos mais cientistas de dados que assessores’, diz fundador da empresa

Foto do author Cynthia Decloedt
Por Cynthia Decloedt (Broadcast)
Atualização:

No último balanço, a XP enfatizou a ideia de ser reconhecida como uma empresa de tecnologia. Guilherme Benchimol, sócio e fundador da companhia, gosta de destacar que metade dos 3,6 mil funcionários da empresa são de tecnologia. “Em 2020, contratamos 600 pessoas de tecnologia. Temos mais cientistas de dados do que assessores internos”, afirma Benchimol.

De acordo com ele, ser tecnológico não é uma opção, é uma necessidade. “Temos duas marcas que são totalmente tecnológicas, a Clear e a Rico. São milhões de transações por dia, de inteligência artificial, que permitem aos clientes ao acessar a Rico um atendimento diferenciado e em escala, até entender seu perfil para saber a hora de mandar uma mensagem correta”, afirma. “Não queremos parecer tecnológico, mas ser tecnológico.” A pandemia acelerou ainda mais esse processo porque, com as pessoas em casa, a busca por conteúdo financeiro aumentou. 

Guilherme Benchimol aparece no telão da Nasdaq na estreia da XP na Bolsa americana Foto: Matheus Detoni

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Sobre os próximos passos da empresa, Benchimol acredita que o banco da XP rodando de forma completa vai fazer muita diferença. Na sua avaliação, convencer os 2,7 milhões de clientes da companhia a investir tudo dentro da XP só seria possível se a empresa oferecesse uma experiência completa. “O banco é a maneira de verticalizar a experiência, da oferta do cartão de crédito que já começou até a conta corrente sem tarifas. Também já nos comprometemos ao menor juro do Brasil com crédito colateralizado.” A expectativa da empresa é ter até junho do próximo ano um banco capaz de competir em condição de igualdade com as grandes instituições financeiras, em termos de serviços bancários.

Benchimol, no entanto, faz questão de dizer que ter um banco na estrutura não significa que a XP vá se comportar como um banco tradicional. “Não estamos virando um banco. O banco é um produto para um cliente que investe com a gente. Hoje, não posso oferecer certos serviços fundamentais, por questões regulatórias. Com um banco na estrutura, o cliente vai ter uma experiência melhor na XP e manusear seus recursos aqui dentro.”

Para os próximos anos, Benchimol afirma que nunca esteve tão otimista com o Brasil. “A força e a transformação que um juro baixo faz num país como o Brasil é inacreditável. Desperta o senso de empreendedorismo e faz com que novas oportunidades surjam. ”

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