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Para Bernanke, risco de forte desaceleração diminuiu

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Por Cynthia Decloedt (Broadcast)
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Apesar de um recente salto na taxa de desemprego, o perigo de que a economia dos Estados Unidos mergulhe em um "declínio substancial" parece ter sido reduzido, disse ontem à noite o dirigente do Federal Reserve (Fed, banco central dos EUA), Ben Bernanke. Entretanto, o presidente do Fed afirmou que a disparada dos preços do petróleo "adicionou pressão de alta aos riscos para a inflação e para as expectativas de inflação". Falando em uma conferência do Fed em Chatham (Massachusetts), Bernanke disse que o relatório do governo norte-americano da semana passada, que indicou um crescimento na taxa de desemprego de 5% em abril para 5,5% em maio, não era "bem-vindo." De qualquer maneira, ele disse que outras forças deverão "trazer algumas compensações aos ventos contrários que ainda sopram sobre a economia." Bernanke observou ainda que "apesar da não desejada elevação da taxa de desemprego informada na semana passada, os indicadores recentes, tomados como um todo, atingiram as perspectivas para a atividade econômica e para o desemprego apenas modestamente". As autoridades dos Fed esperam que a taxa de desemprego fique entre 5,5% a 5,7% até o final do ano, segundo as projeções trimestrais do Fed. Embora a atividade econômica ainda "deva ser fraca" durante o atual trimestre de abril a junho, Bernanke disse que "o risco de que a economia tenha entrado em um declínio substancial parece ter diminuído durante o mês passado ou a partir dele." "A inflação permaneceu alta," em grande parte por causa dos altos preços das matérias-primas (commodities) no mercado mundial, disse Bernanke. "A última rodada de aumentos nos preços da energia adicionou inflação e suas expectativas aos maiores riscos," ele disse. Segundo ele, o Fed está atento ao risco de novos aumentos nos preços. As informações são de agências internacionais e da Dow Jones.

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