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Para Bovespa, crise nos EUA não afeta integração

Por MICHELLY TEIXEIRA E CAROLINA RUHMAN
Atualização:

A crise deflagrada no mercado financeiro americano não trará impacto à integração entre a Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) e Bolsa de Mercadorias & Futuros (BM&F), afirmou hoje o diretor-geral e de Relações com Investidores da Bovespa Holding, Gilberto Mifano. "Quem faz a hora somos nós", destacou em entrevista à imprensa. Segundo ele, o Brasil vive "um momento especial". "Essa crise não é uma crise do Basil, vivemos um contexto positivo." Ao ser questionado se empresa resultante da união, chamada provisoriamente de Nova Bolsa, poderia aproveitar oportunidades de compra fora do País, já que a crise deprimiu os preços de alguns ativos, tornando-os atrativos financeiramente, Mifano limitou-se a dizer que "bons ativos são boa uma oportunidade em qualquer momento". Ele ponderou, no entanto, que a dinâmica deste mercado "não é de liquidação". "Estamos atentos a todas as oportunidades, desde que façam sentido estratégico para nós e, sobretudo, para o mercado brasileiro." Na avaliação do presidente do Conselho de Administração da Bovespa Holding, Raymundo Magliano Filho, "há muito tempo a bolsa está preocupada com a integração latino-americana", promovendo parcerias com bolsas de países vizinhos. "Empregaremos grande esforço para sermos reconhecidos no mundo todo como um grande bolsão de excelência. Uma grande revolução silenciosa está acontecendo no Brasil", destacou, mencionando a posição de destaque de empresas brasileiras no cenário internacional, como Vale, Embraer e Petrobras. O diretor-geral da BM&F, Edemir Pinto, completou que o mercado bursátil brasileiro tem características diferentes de seus pares no exterior. As principais bolsas globais, explicou, já contam com um grande volume de negócios e precisam ganhar músculos via fusões e aquisições. No caso do Brasil, além do crescimento por meio compras, há um grande mercado para se explorar. "Temos muito a crescer por aqui. Lá fora, o volume das bolsas bateu no limite", comentou. Segundo o diretor da BM&F, os ativos lastreados nos mercados agrícolas são os que apresentam o maior potencial de expansão, tanto pela posição de destaque do Brasil na produção e exportação destes artigos quanto pela consolidação da cultura do mercado de derivativos. "Essa Nova Bolsa vai ser um farol fundamental para os ativos brasileiros."

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