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Para Ciesp, PIB Industrial crescerá 4,5% neste ano

Em junho, a Fiesp já havia revisado sua projeção de alta do PIB industrial de 6% para abaixo de 4%, enquanto o Ciesp apostava em 4,5%

Por Agencia Estado
Atualização:

O Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (Ciesp) estima que o PIB industrial crescerá 4,5% neste ano. A entidade calcula, junto com a Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), o Indicador do Nível de Atividade Industrial Paulista (INA). Em junho, a Fiesp já havia revisado sua projeção de alta do PIB industrial de 6% para abaixo de 4%, enquanto o Ciesp apostava em 4,5%. Hoje, a Federação consolidou em número a estimativa revisada (3,5%). Mas o Ciesp manteve a projeção anterior. Na avaliação do diretor do Departamento de Economia do Ciesp, Boris Tabacof, a percepção generalizada é a de que dos três fatores que limitaram o crescimento da produção no ano passado (juros altos, política fiscal arrochada e câmbio desfavorável à atividade industrial), dois estão em condições muito melhores neste ano. É o caso dos juros, em queda, que têm favorecido o forte aumento da oferta de crédito, e do incremento dos gastos públicos, "uma farra fiscal que joga dinheiro na economia". "Esses fatores mais positivos tendem a fazer a produção aumentar", afirmou o empresário, lembrando que, no acumulado do ano até maio, a produção industrial medida pelo IBGE estava em 3,3%. Como no segundo semestre a atividade é tradicionalmente melhor para a indústria e como a base de comparação favorece as variações deste ano - o segundo semestre de 2005 foi muito ruim para a produção -, "o PIB industrial deve crescer 4,5%", reiterou Tabacof. O empresário lembrou que a projeção do Ciesp não leva em conta apenas efeito estatístico. Na verdade, o setor de álcool e açúcar tende a ter desempenho bastante positivo nos próximos meses, bem como o químico. E a alta da produção do setor automobilístico, embora tenha se estabilizado, o fez em níveis altos. Para Tabacof, no entanto, as entidades não dispõem de instrumentos adequados para fazer projeções. "É muito mais uma questão de percepção, de contato com as empresas", finalizou o empresário.

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