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Para CNA, união aduaneira do Mercosul é irreversível

Por Agencia Estado
Atualização:

O chefe do Departamento de Comércio Exterior da Confederação Nacional da Agricultura (CNA), Antônio Beraldo, disse que o Mercosul, como união aduaneira, é um caminho sem volta. Segundo ele, é preciso corrigir distorções para incluir novos produtos na lista da Tarifa Externa Comum (TEC), como o açúcar. Para Antônio Beraldo, o setor agrícola foi o que mais perdeu com a integração, mas já pagou a conta do ajustamento. Agora, defende, é preciso conquistar mercados. O diretor executivo do Conselho de Empresários da América Latina, Alberto Pfeifer, disse ser importante eliminar pendências da agenda do bloco para que o Mercosul possa aumentar seu poder de negociação nas discussões para a criação da Área de Livre Comércio das Américas (Alca). " Seria um erro tático e estratégico se o candidato abandonar a união aduaneira", disse, referindo-se à proposta do candidato da coligação PSDB-PMDB, José Serra. " O Mercosul vai além da dimensão do comércio", declarou. A Coordenadora de Integração Internacional da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Sandra Rios, disse que a expectativa é que o próximo presidente fortaleça o Mercosul, para que o bloco possa chegar unido nas negociações externas. Alca Para o chefe do Departamento de Comércio Exterior da Confederação Nacional da Agricultura, (CNA), Antônio Beraldo, a Alca é uma "esperança muito grande para a agricultura brasileira". Ele disse que a entidade vai defender junto ao próximo governo a definição de uma proposta ofensiva no capítulo agrícola. "Não há razão para o Brasil ser conservador e defensivo na área agrícola", afirmou. Ele acredita que as negociações estão começando de fato agora com a apresentação das tarifas-base (a tarifa que será colocada para cada produto) e das listas de produtos que serão incluídos na mesa de negociação, o que está previsto para o início do próximo. "Agora vamos poder avaliar se há interesse de outros países, como os Estados Unidos, de avançar no acordo", avaliou. Na sua opinião, não haverá acordo sem concessões por parte dos EUA, que permitam acesso a mercado na área agrícola. "Esperamos que o próximo governo mantenha a postura agressiva em relação à Alca", disse.

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