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Para deputado português, UE pratica pirataria internacional

Por Agencia Estado
Atualização:

Membro do terceiro maior partido no parlamento português, o Bloco de Esquerda, o deputado Francisco Louçã, de 47 anos, afirma que a União Européia (UE) pratica "pirataria internacional" quando paga subsídios aos produtores agrícolas da comunidade de 15 países, fechando as fronteiras para as nações mais pobres. Para Louçã, os presidentes do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, e da Argentina, Néstor Kirchner, estão certos em combater o erro dos líderes europeus. "Na União Européia, paga-se subsídios até quando não é realizada a colheita, desde que o agricultor tenha iniciado o plantio", afirma. "Ocorre uma distorção absurda: não se têm recursos orçamentários para o combate ao desemprego, mas emprega-se dinheiro para subsidiar a produção agrícola como forma de tirar dos países do 3.º Mundo, como Brasil e Argentina, a possibilidade de vender alimentos de melhor qualidade", afirmou o deputado, que representa Lisboa no parlamento de Portugal. Louçã participou do penúltimo dia de debates e seminários do 2.º Fórum Social Potiguar, onde falou sobre cultura e mídia. Transgênicos - Em 2000, o deputado conseguiu aprovar uma lei que determina moratória até 2010 para o início do consumo de alimentos geneticamente modificados no país. ?Não sou fundamentalista sobre este assunto. Mas deve haver pesquisas, tendo o cuidado de preservar a saúde das pessoas e a biodiversidade", ressalta, ao acrescentar que a legislação pioneira ajudou a UE a sinalizar para o caminho de adotar uma moratória aos demais membros do bloco.

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