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Para Fazenda, endividamento das famílias ainda é baixo

Por EDUARDO RODRIGUES E ADRIANA FERNANDES
Atualização:

A 8ª edição do documento Economia Brasileira em Perspectiva, divulgado hoje pelo Ministério da Fazenda, avalia que o endividamento das famílias brasileiras é um dos menores do mundo. Segundo o texto, diferentemente dos países desenvolvidos, a proporção do endividamento das famílias no País em relação ao Produto Interno Bruto (PIB) é baixa e se assemelha mais a dos países que compõem os Brics (Brasil, Rússia, Índia e China). Considerando valores de 2008, o endividamento das famílias brasileiras em crédito imobiliário e consumo corresponde a 29,3% do total da renda familiar. Na Itália, essa proporção chega a 72,1% e, na Alemanha, alcança 98,3%. Nos EUA, essa relação atinge 131,6%, enquanto no Reino Unido o porcentual salta 181,4%.De acordo com o documento da Fazenda, apesar de crescer a taxas superiores a 15% ao ano nos últimos anos, o crédito no País em proporção do PIB ainda é baixo se comparado a outras economias. A estimativa para 2010 é de que essa proporção chegue a 48% do PIB brasileiro. Esse patamar superaria a Argentina, onde essa relação é de 12%, e o México, onde é de 33%. No entanto, esse patamar brasileiro ainda é bem inferior ao de outros países emergentes como o Chile, onde o crédito corresponde a 74% do PIB, e a Índia, onde essa relação alcança 78%. Ja comparado às economias mais avançadas, a proporção brasileira fica ainda mais atrás. É o caso por exemplo do Reino Unido, onde o crédito equivale a 155% do PIB, e os Estados Unidos, onde chega a 187% do PIB. No que diz respeito ao crédito imobiliário, o Brasil também tem um longo caminho a percorrer em relação às economias avançadas. Segundo a Fazenda, o déficit habitacional brasileiro, estimado entre 6 e 8 milhões de unidades, permite a expansão do mercado com linhas do financiamento mais abundantes e acesso por parte de todos os segmentos da sociedade. O crédito imobiliário no País atualmente corresponde a apenas 3,3% do PIB. Nos EUA, essa relação chega a 78% e, na Dinamarca, é de 100%.

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