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Para FHC, redução da dependência externa está em marcha

Por Agencia Estado
Atualização:

O presidente Fernando Henrique Cardoso disse hoje que a dependência da economia brasileira do capital externo esta sendo reduzida. Ele disse que, graças ao bom desempenho da balança comercial, a vulnerabilidade externa do País "está caindo para US$ 14 bilhões ou US$ 15 bilhões". "O que hoje tanto se clama já está sendo feito. Na verdade, às vezes a gente custa a perceber os processos que já estão em marcha. O que aconteceu nestes últimos dois anos foi uma verdadeira inversão da tendência da nossa balança comercial", disse em discurso na solenidade de assinatura de atos de promoção do turismo. O presidente anunciou que o Ministério do Turismo será incluído entre os membros da Câmara de Comércio Exterior (Camex), segundo ele, no momento em que a preocupação central do governo é gerar mais recursos em moeda forte. "É justamente no momento em que o País todo sabe que o nosso dever é contribuir para que nós possamos gerar mais recursos em moeda forte. Isso é um truísmo", afirmou. O presidente disse que o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, previu ontem que o superávit da balança comercial deve chegar a US$ 9 bilhões este ano. "Fato é que nós estamos gerando uma massa de recursos já muito apreciável, de tal maneira que o famoso gargalo da nossa vulnerabilidade externa está caindo para US$ 14 bilhões ou US$ 15 bilhões", afirmou. "Para um País que tem US$ 600 bilhões de PIB, francamente é nada. Era até melhor não ter este gargalo. Mas é muito pouco". Sem citar nomes, o presidente criticou propostas feitas por candidatos à Presidência para aumentar as exportações e reduzir a dependência de capital externo. "Se começa a propor políticas como se fossem iniciar um processo que já está em marcha", garantiu. "Nós já reviramos pelo avesso a tendência na balança comercial. Já está em marcha, e o turismo já está inserido nesse processo, porque ele gera recursos externos e gera empregos". Fernando Henrique disse que as duas áreas mais sensíveis do Brasil são justamente a necessidade de reduzir as vulnerabilidades externas a ampliar as oportunidades de trabalho.

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