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Para FMI, Brasil 'não poderia estar melhor' contra crise mundial

Em Davos, Strauss Khan destaca importância do fortalecimento da economia do País para lidar com crise dos EUA

Por João Caminoto
Atualização:

"O Brasil não poderia estar melhor para lidar com a crise." Essa é a avaliação do diretor-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI), o francês Dominique Strauss-Kahn, que salientou a importância do fortalecimento dos fundamentos macroeconômicos do País nos últimos anos para enfrentar o risco de recessão nos Estados Unidos e a forte volatilidade que afeta os mercados financeiros recentemente. A queda nas bolsas do mundo Os motivos e os efeitos da crise nos EUA "O Brasil está indo muito bem", disse Strauss-Kahn, que participou esta semana de uma série de discussões sobre a economia global no Fórum Econômico Mundial em Davos, na Suíça. "É lógico que nenhum país deixará de ser atingido pelo menos um pouco pelo que está acontecendo, mas o Brasil está numa posição forte." Ele evitou comentar como o Fundo avalia o comportamento dos preços das matérias-primas diante dos problemas da economia mundial - um fator crucial para muitas economias emergentes. "Em breve atualizaremos nossos prognósticos para a economia mundial e esse tema será abordado", informou. A avaliação positiva sobre o Brasil do chefe do FMI coincide com a maioria das declarações dos economistas e empresários que participaram do Fórum em Davos. Segundo eles, o controle inflacionário, a adoção do regime cambial flutuante e o fortalecimento das reservas em moeda estrangeira colocou o Brasil numa situação muito menos vulnerável em relação às turbulências financeiras externas. Mas esse prognóstico não é unânime. Nouriel Roubini, presidente da consultoria Roubini Global Economics, apesar de salientar o fortalecimento da economia brasileira, prevê que o impacto da recessão nos Estados Unidos sobre o Brasil poderá não ser desprezível.

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