18 de outubro de 2010 | 13h29
"Por exemplo, com uma bolha imobiliária alimentada pelo crédito, instrumentos de prudência devem ser o caminho a seguir. Mas se o problema for fluxos de dívida alimentando um boom nos empréstimos com moeda estrangeira para tomadores de empréstimo desprotegidos, então a solução pode ser diferente e pode incluir controles de capital", disse a autoridade.
Strauss-Kahn elogiou o papel da Ásia como líder da recuperação econômica global, mas alertou que os fluxos de capital estão inundando a região. Embora eles possam aumentar o investimento e o crescimento se forem canalizados na direção certa, "alguns fluxos podem claramente ser desestabilizadores", disse. "Eles podem levar a um forte aumento da taxa de câmbio, booms de crédito, bolhas em preços de ativos e instabilidade financeira", acrescentou.
As declarações de Strauss-Kahn, feitas em reunião com representantes de bancos centrais em Xangai, na China, surgem em meio às crescentes preocupações com as consequências indesejáveis da liquidez excessiva gerada pelas políticas monetárias altamente frouxas nas grandes economias mundiais e com a falta de uma política universal bem coordenada em resposta à atual desaceleração econômica.
John Lipsky, vice-diretor-gerente do FMI, engrossou o coro. No mesmo evento, Lipsky disse que, embora os ajustes nas provisões orçamentárias e as políticas estruturais e cambiais sejam frequentemente respostas adequadas para o aumento dos fluxos de entrada de capital, "pode haver circunstâncias especiais nas quais os controles podem ser um instrumento útil e temporário para lidar com esse crescimento no capital". As informações são da Dow Jones.
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