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Para líder do DEM, rebaixamento da nota do País afeta candidatura de Meirelles

Deputado Efraim Filho disse ainda que o resultado 'só facilita' a vida da oposição em 2018

Foto do author Julia Lindner
Por Renan Truffi e Julia Lindner
Atualização:

BRASÍLIA - O líder do DEM na Câmara dos Deputados, Efraim Filho (PB), disse nesta sexta-feira, 12, que o rebaixamento da nota de crédito brasileira pela S&P afeta negativamente os planos eleitorais do ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, possível candidato à Presidência pelo PSD.

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Efraim Filho disse que o resultado só facilita a vida da oposição em 2018. "O rebaixamento afeta principalmente a campanha do Meirelles pela repercussão que isso causa e pelo atraso na retomada da economia, ou pelo menos num ritmo menos acelerado. A campanha do Meirelles está extremamente vinculada ao desempenho da economia. Os desdobramentos do rebaixamento da nota geram isso", afirmou o democrata.

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Deputado Efraim Filho disse que há grande resistência à fusão. Foto: Nilton Fukuda|Estadão

"O fato da economia do Brasil desacelerar só facilita a vida de quem é oposição, num primeiro momento", complementou.

Colega de partido do presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), Efraim buscou rejeitar a responsabilização de Maia pelo fato de a base aliada não ter conseguido viabilizar a votação da reforma da Previdência, fator destacado pela S&P para justificar a mudança na avaliação do País.

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"Isso mostra que o Maia estava certo nas suas convicções. Acho que toda a sociedade brasileira reconhece que o discurso do Maia sempre foi franco, aberto e transparente, defendendo a necessidade das reformas. Então não pode ser depositado nos ombros dele o fato de a reforma da Previdência não ter sido votada. Ele é apenas um deputado de 513, no total", defendeu.

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O líder do DEM minimizou ainda as chances do resultado serem positivos para a candidatura do governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, que é pré-candidato à Presidência pelo PSDB."Acho que Alckmin também é um candidato vinculado a um desempenho da economia", argumentou.

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