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Para Lupi, até março situação do emprego estará estabilizada

Ministro diz que governo federal deve anunciar em breve novas medidas no sentido de evitar novos cortes

Por Leticia Bragaglia
Atualização:

O ministro do Trabalho e Emprego, Carlos Lupi, disse neste sábado, 24,não acreditar no agravamento do desemprego após o mês de março e que o governo federal deve anunciar em breve novas medidas no sentido de evitar novos corte de vagas. "O foco (das medidas) não será amparar o desempregado e sim garantir e gerar empregos", afirmou durante a festa de comemoração do Dia Nacional dos Aposentados, no Parque Esportivo do Trabalhador, antigo Ceret, na Zona leste de São Paulo. Veja também Desemprego, a terceira fase da crise financeira global De olho nos sintomas da crise econômica  Dicionário da crise  Lições de 29 Como o mundo reage à crise  Lupi também voltou ameaçar com punições as empresas que receberam recursos para investir em produção e mesmo assim promoveram demissões nos últimos meses. "(as empresas) Serão punidas de acordo com a lei", afirmou. Segundo Lupi, o ministério tem todo o controle de quem demitiu, a partir dos dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged). No evento comemorativo, o ministro entregou ao Sindicato Nacional dos Aposentados Pensionistas e Idosos da Força Sindical a carta sindical, o que permitirá à entidade abrir ações coletivas em nome de seus associados. Isso vale como um reconhecimento oficial da entidade sindical. "É um marco", anunciou Lupi. Também presente ao evento, o presidente da Força Sindical, deputado Paulo Pereira da Silva (PDT-SP), o Paulinho, disse ter expectativas menos otimistas sobre o desemprego. Para ele, os índices oficiais serão piores em janeiro do que em dezembro (segundo o IBGE, o índice de desemprego no País fechou o ano em 6,8%) e a estabilidade só deve chegar em abril, com a recuperação dos índices prevista para maio. Paulinho disse que o governo tem de enfrentar a crise e voltou a defender a redução dos juros e do spread bancário, além de corte dos impostos. Sobre os juros, Paulinho propõe que as reuniões do Comitê de Política Monetária (Copom), que decide sobre a taxa básica Selic, passem a ocorrer a cada 15 dias. As reuniões hoje acontecem a cada 45 dias. Paulinho também quer que os trabalhadores passem a fazer parte do Conselho Monetário nacional (CMN).

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