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Para Maia, privatização da Eletrobrás está cada vez mais difícil

Presidente da Câmara disse, no entanto, que se governo conseguir pacificar o tema, deputados estão prontos para votar a matéria

Por Denise Luna (Broadcast)
Atualização:

RIO - A privatização da Eletrobrás poderá ser votada ainda este ano no Congresso Nacional, mas a cada dia que passa se torna mais difícil prever se isso realmente ocorrerá, disse nesta segunda-feira, 10, o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ).

"A cada dia que passa fica mais difícil (fazer a privatização este ano)", disse Maia, ao ser perguntado se poderia ser feita a capitalização da estatal em 2020, com diluição da participação da União, modelo que vem sendo criticado no Senado.

O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia. Foto: Felipe Rau/Estadão

"O senador Eduardo Braga tem algumas ideias, algumas críticas ao atual modelo", informou Maia, que disse porém que o governo vem conversando para chegar a um consenso.

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"Se eles (governo e Senado) conseguirem pacificar o tema (da privatização da Eletrobrás), estamos prontos para tratar (do assunto, na Câmara)", informou.

Parasita

Mais cedo, Rodrigo Maia criticou o uso de "termos pejorativos" para defender a reforma administrativa. Ele evitou citar o nome do ministro da Economia, Paulo Guedes, que na última sexta-feira comparou os funcionários públicos a "parasitas" que estariam matando o hospedeiro, se referindo aos gastos que o governo tem com o funcionalismo.

O presidente da Câmara dos Deputados disse, no entanto, apoiar a decisão do governo de promover uma reformulação nas carreiras de servidores públicos ainda este ano.

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"Todos os serviços públicos tem que ser tratados commuito respeito e usos de termos pejorativos criam conflitos, mas há uma concentração de renda que a população não concorda mais", disse Maia durante café da manhã na Federação das Indústrias do Rio de Janeiro. "O estado custa muito e serve pouco, estou otimista que vamos mudar isso com reformas", completou.

Desculpas

Paulo Guedes pediu desculpas nesta segunda-feira aos servidores públicos brasileiros pela declaração. Ele afirmou que seu objetivo “jamais foi ofender as pessoas que cumprem seus deveres”.

“Me expressei mal e peço desculpas não só aos meus queridos familiares e amigos mas a todos os exemplares funcionários públicos a quem eu possa descuidadamente ter ofendido”, disse Guedes à agência de notícias Reuters.

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