PUBLICIDADE

Publicidade

Para Mantega e Delfim, BC será conservador com os juros

Tanto o economista, quanto o deputado federal acreditam que o Comitê de Política Monetária não reduzirá a taxa básica de juros, hoje em 18,5% ano

Por Agencia Estado
Atualização:

O economista Guido Mantega, principal assessor econômico do pré-candidato do PT, Luiz Inácio Lula da Silva, disse hoje que o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) adotará uma posição conservadora na reunião de amanhã e quarta-feira e não reduzirá a taxa básica de juros, hoje em 18,5% ao ano. "A tendência é manter os juros, embora a inflação esteja mostrando fortes sinais de decréscimo", afirmou Mantega, durante seminário na FGV sobre a independência do BC. Segundo ele, se o Copom surpreender, cortará no máximo em 0,25 ponto percentual a taxa Selic. "Sempre existe a possibilidade. É uma necessidade da economia brasileira, porque com taxas de juros mais baixas pode haver mais investimentos", disse Mantega, que é professor de Economia da FGV-SP. Mantega criticou hoje o fato de alguns segmentos do mercado estarem utilizando o processo eleitoral brasileiro "para especular e causar estragos na economia do País." O deputado federal e ex-ministro da Fazenda, Antonio Delfim Netto (PPB-SP), compartilha a mesma opinião de Mantega. "O espaço para reduzir juros é muito pequeno, não depende da vontade do Arminio Fraga (presidente do BC) e sim das condições objetivas da economia", afirmou Delfim, que participou do mesmo evento na FGV, em São Paulo. Ele defende, entretanto, que os juros sejam cortados assim que possível, para dar um maior estímulo à atividade econômica.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.