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Para Pimco, Brasil pode aproveitar crise para recompra títulos

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Por Redação
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A Pimco, maior gestora de bônus de emergentes do mundo, acredita que países como Brasil, com grande volume de reservas internacionais, podem se aproveitar da turbulência dos mercados para recomprar títulos. "Durante períodos de turbulência do mercado, países devedores podem se beneficiar e recomprar sua própria dívida a preços mais baratos", afirmou Curtis Mewbourne, um dos chefes de mercados emergentes da Pimco, em relatório. "Com a acumulação de reservas em níveis tão altos, anteciparíamos a continuidade da atividade de recompra se os mercados continuarem voláteis", complementou. A Pacific Investment Management Co. (Pimco) espera que os spreads de dívida de emergentes aumentem nos próximos meses, à medida que a demanda por títulos de alto rendimento cai devido aos problemas de crédito nos Estados Unidos. A Pimco afirmou em relatório que investidores devem evitar dívida da Argentina, do Equador, da Hungria, do Líbano e da Turquia --países mais vulneráveis ao aumento dos custos de financiamento. Já Brasil, México e Rússia devem se beneficiar por possuírem amplas reservas internacionais para se proteger das turbulências do mercado. "Em um mundo em que o crédito está mais escasso, a diferenciação e a seleção sofisticada de crédito se tornam muito mais importantes", ponderou Mewbourne. Os spreads dos bônus de emergentes medidos pelo índice EMBI+ do JP Morgan atingiu o recorde de baixa de 149 pontos-básicos sobre os Treasuries dos EUA em junho, mas estava em 212 pontos nesta terça-feira. A volatilidade dos mercados financeiros deve continuar por "muitos meses", criando oportunidade para comprar dívida de países com fundamentos econômicos fortes, segundo a Pimco. (Por Elzio Barreto)

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