
25 de julho de 2013 | 02h22
A promessa de volumosos pagamentos em dividendos foi uma das partes de um ousado plano de metas que a companhia anunciou ao mercado no ano passado, com o objetivo de gerar valor de mercado. O alto endividamento, a desaceleração do mercado e a demora da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) em aprovar a venda de ativos, porém, impossibilitaram o cumprimento deste planejamento.
As metas anunciadas ao mercado contemplavam o pagamento entre 2012 e 2015 de R$ 8 bilhões em dividendos, desde que a relação entre a dívida líquida e o Ebitda não ultrapasse 3 vezes. Além disso, eram previstos anualmente para o período R$ 6 bilhões em investimentos.
O Broadcast apurou que a suspensão dos dividendos visa direcionar mais recursos para as áreas operacional, de tecnologia e de engenharia da Oi. "Isso é essencial na visão de Bava", disse uma fonte da empresa.
A possibilidade de suspensão do pagamento dos dividendos já vinha sendo prevista por analistas do setor. Isso porque a relação entre a dívida líquida e o Ebitda da Oi já havia superado as três vezes no primeiro trimestre deste ano, situação em que a distribuição do provento poderia ser cancelada.
"Vemos como positivo o anúncio do não pagamento dos dividendos, pois mostra uma disciplina da empresa em respeitar o limite de endividamento", afirmou o analista da Ativa, Marcelo Torto. Segundo ele, é essencial que a operadora reinvista na qualidade da própria operação, como forma de gerar futuramente caixa operacional. Após uma queda na abertura do pregão, as ações preferenciais e ordinárias da Oi fecharam em alta de 5% e 7,16%, respectivamente. / R.P.
Encontrou algum erro? Entre em contato
Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.