Publicidade

Para presidente da Comissão Européia, alta do euro preocupa

Por JAN DAHINTEN E KOH GUI QING
Atualização:

A alta do euro, que voltou a bater recordes ante o dólar, está se tornando um problema para alguns exportadores europeus, disse à Reuters nesta quinta-feira o presidente da Comissão Européia, José Manuel Durão Barroso. Barroso citou os exportadores alemães como um grupo que está conseguindo enfrentar o euro valorizado. No entanto, as opiniões na própria Alemanha estão divididas, com a primeira-ministra, Angela Merkel, dizendo que o patamar da moeda pode representar problemas e que Berlim está trabalhando internacionalmente pelo equilíbrio das taxas de câmbio. O euro atingiu o recorde de 1,4873 nesta quinta-feira, de acordo com dados da Reuters, e levou a alta da moeda no ano para cerca de 12,5 por cento. O euro também alcançou novas máximas históricas ante a cesta ponderada do Banco Central Europeu (BCE), de 24 moedas . Falando durante uma cúpula da União Européia com países do Sudeste Asiático em Cingapura, Barroso disse que os exportadores europeus, particularmente na Alemanha, ainda estão se comportando bem apesar da alta do euro. Mas ele acrescentou em entrevista: "É verdade que a alta do euro está se tornando uma preocupação para alguns setores exportadores em algumas partes da economia européia." França e Itália têm liderado as reclamações no continente sobre o euro, enquanto os exportadores alemães parecem estar sofrendo menos. Economistas dizem que os produtos alemães, de alta qualidade, são menos sensíveis a aumentos de preços causados pela valorização do euro em comparação a produtos de qualidade mediana de algumas indústrias em outras partes da região. Mas Merkel está menos confiante nas perspectivas, particularmente com a aproximação do petróleo dos 100 dólares por barril. "Estamos felizes que a Europa tenha uma moeda forte, ainda que isso possa ser um problema para as exportações. A alta do petróleo é um problema", disse a chanceler em entrevista a uma televisão alemã. "Estamos trabalhando internacionalmente para que o equilíbrio cambial seja ajustado sensivelmente."

Tudo Sobre
Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.