O presidente do BNDES, Demian Fiocca, afirmou nesta terça-feira que há espaço para a Taxa de juros de longo prazo - (TJLP) cair para uma taxa próxima de 7,5% ao ano na próxima reunião do Conselho Monetário Nacional (CMN), que deve ser realizada na quinta-feira. "A rigor, a TJLP tem que seguir a regra que é a meta de inflação mais o risco-País. Pela regra, ela poderia convergir um pouco para próximo de 7,5% ao ano", disse Fiocca. A taxa, que é a referência para os empréstimos do banco, está atualmente em 8,15% ao ano. Segundo ele, o CMN tem seguido essa regra de "maneira suave", o que impediu que nos momentos de maior volatilidade dos mercados, como a crise de 2002, ela subisse na mesma magnitude do risco-País. "Eu confio na decisão do CMN. O Conselho tem agido de forma adequada. Estou otimista, mas não cravaria nenhum número", afirmou. Desenvolvimento O presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Carlos Eduardo Moreira Ferreira, disse que a redução da Taxa de Juros de Longo Prazo (TJLP) é um requisito chave para o desenvolvimento sustentável do País. "A produtividade da indústria está estagnada nos últimos cinco anos. Para vencer esse obstáculo e permitir que o País volte a crescer, é vital um forte impulso nos investimentos", afirmou Moreira Ferreira num informativo distribuído pela CNI, a propósito da reunião de quinta-feira do CMN. Segundo Moreira Ferreira, as condições permitem que a TJLP, caia para algo em torno de 7%. A taxa a ser fixada servirá para balizar os custos dos financiamentos do BNDES nos meses de julho, agosto e setembro. Essa taxa é o principal elemento dos custos dos financiamentos do Banco. Por isso, observa a CNI, muitos projetos de expansão que estão maduros dentro das empresas dependem da queda acentuada dos juros de longo prazo. Este texto foi atualizado às 21h.