15 de junho de 2015 | 02h07
"Quando o cliente pede salada com tomate e cebola, são cobrados R$ 2 à parte", diz a proprietária Thais Pereira Caetano. Para evitar mais cobranças, a lanchonete decidiu intercalar o prato tradicional de salada, servido três dias da semana, com outro preparado com cenoura, beterraba, alface e couve. Thais conta que chegou a pagar R$ 8 no quilo do tomate, que antes custava R$ 2. Já a cebola saltou de R$ 1,69 para R$ 8.
Há três anos, quando abriu a lanchonete, Thais vendia, em média, 60 almoços. Desde o início do ano, o número caiu quase pela metade. Segundo a proprietária, a queda ocorre porque muitas pessoas passaram a levar a refeição feita em casa para o trabalho, justamente por causa do aumento dos preços.
Alimentação sobe acima da renda
Ela também reclama do preço das carnes e de custos fixos, como energia elétrica e água. No caso das carnes, a proprietária conta que antes gastava R$ 600 com cortes de picanha, e agora precisa desembolsar R$ 1.200 com a mesma quantidade. "O prato de picanha não tem mais saída, porque está muito caro, e nem sempre posso repassar o preço para o cliente", lamenta.
O pequeno negócio de Thais, que emprega dois funcionários, também está sofrendo com a alta da energia elétrica. Desde o início do ano, a conta saltou de R$ 600 para R$ 900. Segundo o IBGE, a conta de luz subiu, em média, 58,5% nos últimos 12 meses.
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