Publicidade

Para Tesouro, meta de superávit não comprometerá investimentos

Por Agencia Estado
Atualização:

O secretário do Tesouro Nacional, Joaquim Levy, acredita que a meta de superávit primário para o setor público estabelecida pelo governo para os próximos três anos não vai comprometer os investimentos no País. Segundo ele, a meta de economia de 4,25% do Produto Interno Bruto (PIB) é consistente com o programa do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. "Não vai comprometer o desenvolvimento, a melhora das condições sociais e nem a redução das desigualdades do País", disse Levy, em entrevista à Agência Estado. Pelo projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de 2004, que será encaminhado na próxima semana ao Congresso Nacional, até o final do governo Lula será mantida a meta de superávit primário de 4,25% do PIB, com a adoção, em 2005 e 2006, de um dispositivo "anticíclico" que atrela o ajuste ao crescimento da economia. Na avaliação do secretário, mesmo com a manutenção da meta na casa dos 4,25% do PIB, não haverá falta de investimentos no Brasil. "Não haverá constrangimento", garantiu Levy. "Vamos conseguir uma melhora social significativa nesse período.? Ele afirmou que o ajuste fiscal dará segurança para um crescimento sustentável da economia. "Crescimento por aumento da demanda não resolve. Temos que trabalhar para termos um crescimento por aumento da oferta", justificou. O secretário ponderou que o caminho escolhido pelo governo "dá mais trabalho", mas garantirá a continuidade do crescimento econômico pretendido pelo governo Lula. "O ajuste fortalece a economia, que é o que esperamos alcançar." Dívida/PIB Levy avalia que a adoção do dispositivo "anticíclico" terá que acompanhar a redução da relação entre dívida líquida e o Produto Interno Bruto (PIB). Segundo ele, o governo estabeleceu um prazo de um ano para estudar a forma de implementação desse mecanismo. "Vamos ter um período para amadurecer a idéia", disse. Nesse período, afirmou o secretário, a sociedade poderá debater a proposta. "Não precisa ter pressa. Não temos que correr.? O secretário reiterou que a meta de superávit de 4,25% do PIB para os próximos três anos "é crível". Levy também ressaltou que as previsões de crescimento de 3,5% para 2004, 4% em 2005 e 4,5%, em 2006, que constarão na LDO, "são números que o governo tem confiança" de projetar. Levy ressaltou que a aprovação das reformas propostas - tributária e previdenciária - permitirão ao governo alcançar esses porcentuais de crescimento econômico com "mais tranqüilidade".

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.