PUBLICIDADE

Para Virgílio, venda da Varig pode levar a nova CPI

Senador tucano ressalta 'comportamento recorrente' que eleva a ministra Dilma Rousseff ao noticiário negativo

Por Agência Senado
Atualização:

O senador Arthur Virgílio (PSDB-AM) disse que são muito sérias as denúncias trazidas à Comissão de Serviços de Infra-Estrutura pela ex-diretora da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) Denise Abreu relativas à venda da Varig. Segundo ele, os fatos podem levar à convocação de uma comissão parlamentar de inquérito (CPI), o que poderia acontecer depois das eleições, já que essa fase pré-eleitoral dificultaria as investigações.   Veja também: Senadores batem boca sobre 'perdão' da dívida da Varig Denise diz que dossiê pretendia pressioná-la psicologicamente Denise destaca rapidez incomum na certificação da nova Varig 'Governo arquitetou a saída dos diretores da Anac', diz Denise Turbulências da Varig    "É recorrente o comportamento que vai elevando para o noticiário negativo a ministra-chefe da Casa Civil [Dilma Rousseff] e o exercício informal de poder em episódios capitaneados pelo advogado Roberto Teixeira", disse.   A ministra é acusada por Denise Abreu de exercer influência para evitar o exame da capacidade econômico-financeira dos sócios brasileiros do consórcio que comprou a Varig e, mais recentemente, repassou o controle da empresa para a Gol. Roberto Teixeira, que é compadre do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, representava o grupo estrangeiro e, como disse a ex-diretora da Anac, também pressionava com o mesmo objetivo.   Denise Abreu participa nesta quarta-feira de um depoimento na Comissão para explicar as acusações de que a ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, favoreceu o fundo americano Matlin Patterson e seus sócios brasileiros na venda da Varig foram feitas em entrevista exclusiva ao Estado, em 4 de junho (leia aqui).  Ela apontou fatos que envolvem o Palácio do Planalto e o advogado Roberto Teixeira em histórias de tráfico de influência, abuso de poder pelo primeiro escalão do governo, acusações de suborno e a elaboração de um dossiê falso.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.