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Parada das empresas já provoca 'efeito dominó' na Zona Franca de Manaus

Empresas da região já consideram dar férias coletivas e usar o banco de horas para afastar funcionários; objetivo é suspender a produção até abril

Foto do author Márcia De Chiara
Por Márcia De Chiara
Atualização:

A paralisação da produção nas fábricas do Sul e do Sudeste das principais montadoras do País já começa a provocar “efeito dominó” na cadeia de fornecedores na Zona Franca de Manaus

A Visteon Amazonas, por exemplo, multinacional americana que fornece rádios e painéis de instrumentos para as fabricantes de veículos, vai dar férias coletivas para uma parte dos funcionários da fábrica de Manaus (AM) e usar o banco de horas para outra parcela. O objetivo é suspender momentaneamente a produção até o final de abril para se adequar à parada da indústria automobilística, explica Sergio Capela, diretor da empresa.

Empresas da Zona Franca de Manaus já temem redução na demanda com parada da indústria. Foto: Câmara Municipal de Manaus

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Ele não revela quantos funcionários estarão envolvidos, mas explica que as férias coletivas serão destinadas aos trabalhadores nas linhas de clientes que irão parar por um período mais longo. E o banco de horas será usado nas linhas de produção cuja paralisação será por um período menor. Entre os clientes da empresa, estão GM, Volks, Ford, Peugeot, Renault e Citroën, além da Honda Moto

“Isso está nos afetando financeiramente de forma muito pesada e estamos reduzindo custos e despesas para passar este momento”, diz o executivo. Com parada das montadoras, o faturamento esperado pela empresa diminui. “Estamos adotando toda e qualquer medida de contenção de despesas para preservar os empregos”, diz.

Wilson Périco, presidente do Centro das Indústrias do Estado do Amazonas (Cieam), explica que as indústrias da Zona Franca são muito dependentes do que acontece nos mercados consumidores do Sul e do Sudeste. “A parada da Volks por 12 dias afeta as indústrias de Manaus que fornecem alarmes, rádios, por exemplo. Já estamos sentindo o impacto.”

O presidente do Cieam lembra que esse movimento ocorreu no ano passado nesta mesma época. “Aparentemente, este ano vai se repetir com o agravamento da pandemia nos Estados do Sul e do Sudeste.”

No momento, as paralisações não foram negociadas com sindicatos de trabalhadores.

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