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Paralisação de bancários atinge 105 agências em SP

No Rio, cerca de 80% dos trabalhadores aderiram ao movimento; atendimento bancário é feito pela internet ou nos caixas eletrônicos

Por Agencia Estado
Atualização:

A greve dos bancários em São Paulo paralisou 129 das 2 mil agências bancárias existentes na região metropolitana de São Paulo, segundo divulgou o Sindicato dos Bancários e funcionários de financeiras de São Paulo, Osasco e região nesta terça-feira. De acordo com o Sindicato, cerca de 30 mil trabalhadores aderiram ao movimento. Há locais parados no Centro, Zona Leste, Zona Sul, Zona Norte; Zona Oeste, na região de Osasco e na avenida Paulista. Segundo o Sindicato, a Polícia Militar foi acionada pelo Unibanco da Praça do Patriarca; pela Nossa Caixa e pelo Bradesco da rua 15 de Novembro; pelo Bradesco da rua Boa Vista; e pelo Banco Safra da avenida Paulista. "Apesar da repressão policial os bancários estão aderindo ao movimento que começou com força no centro da capital e está sendo expandido para os bairros", afirma o presidente do Sindicato, Luiz Cláudio Marcolino. A Federação Brasileira de Bancos (Febraban) divulgou nesta terça a seguinte nota à imprensa: "A greve é indevida porque foi convocada com os sindicatos plenamente cientes da convocação de uma reunião amanhã (quarta). Os bancos e a Febraban tomarão todas as medidas necessárias para assegurar ao livre acesso do público e dos funcionários aos estabelecimentos bancários. A Febraban demonstrou disposição de negociar e construir um acordo factível na mesa de negociações." Segundo o Sindicato, uma nova rodada de negociação entre o Comando Nacional dos Bancários e a Fenaban está prevista para esta quarta-feira, às 15 horas. Contudo, a mobilização foi mantida tendo em vista o histórico de reuniões em que a Febraban se compromete a apresentar proposta e não apresenta nada. "Não seria a primeira vez que os banqueiros marcam negociação sem apresentar proposta. Por isso, permaneceremos mobilizados e a greve de 24 horas está sendo realizada em todo o país", afirmou o presidente do Sindicato. A categoria reivindica aumento real de salários de 7,05%, além da reposição da inflação, e participação maior nos lucros e resultados. Conforme informou o Sindicato, no ano passado, os bancários receberam reajuste de 6% (1% de aumento real), mais R$ 1.700 de abono e PLR mínima de 80% do salário mais R$ 800, após seis dias de greve no mês de outubro. Além do reajuste salarial, os bancários querem o "fim do assédio moral e das metas abusivas; a isonomia de direitos entre trabalhadores aposentados, afastados e de bancos que sofreram fusões; a manutenção do emprego - por meio da proibição de dispensas imotivadas e da ampliação do horário de atendimento com dois turnos de trabalho - e a redução dos juros e das tarifas. Também são consideradas prioritárias as cláusulas que reivindicam 14º salário; plano de cargos e salários para todos os trabalhadores; regramento da remuneração variável; aumento na gratificação de caixa; vale-alimentação de R$ 300; auxílio creche/babá de um salário mínimo; auxílio-educação para todos os funcionários; fim da terceirização de serviços; criação de comissão de segurança bancária; isenção de tarifas para todos os bancários; delegados sindicais em todos os bancos; programa de reabilitação profissional". A Febraban recomenda aos clientes que encontrarem dificuldades em utilizar as agências bancárias que procurem meios alternativos como internetbanking, telefone e correspondentes (casas lotéricas, correios, etc). Rio Os bancários do Rio também estão em greve de 24 horas para reivindicar aumento real de salário de 7,05% mais reposição da inflação de 2,85% no período de 31 de agosto a 1º de setembro, informa o presidente do Sindicato dos Bancários do Rio, Vinícius de Assumpção. Segundo ele, cerca de 80% dos trabalhadores, no município do Rio, aderiram ao movimento. No centro da cidade, que concentra 70% dos empregados do setor, o sindicalista relata que o nível de paralisação é de 100%. Assumpção afirma que os bancários voltam a trabalhar nesta quarta. De noite, será realizada uma assembléia. "Estamos negociando há cinco meses, sem nenhuma proposta", afirma o presidente do sindicato dos bancários. Matéria alterada às 13h26 para acréscimo de informações

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