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Parente diz que permanência na Petrobrás depende de resultado da eleição presidencial

Presidente da companhia afirmou ainda que 'uma série de pesquisas' mostram que a população brasileira não quer a privatização da estatal

Foto do author Luana Pavani
Por Gabriela Korman e Luana Pavani
Atualização:

O presidente da Petrobrás, Pedro Parente, afirmou nesta terça-feira, 23, que, dependendo do resultado das eleições presidenciais no Brasil em 2018, pode considerar permanecer no comando da companhia.

Em entrevista à Bloomberg TV, durante o Fórum Econômico Mundial, em Davos, na Suíça, Parente disse que está "sendo muito cuidadoso" em estipular expectativas sobre o tema de se manter à frente da estatal e que a equipe está correndo para atingir a meta de vendas de ativos.

Segundo o presidente da Petrobrás, a redução de pegada de carbono e a adoção de novas formas de energia limpa são temas 'muito importantes' para empresas do setor de óleo e gás. Foto: Antonio Lacerda|EFE

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O executivo reiterou que a Petrobrás não sofreu interferência do governo e que acredita que a gestão da companhia deve ser decidida através de indicação profissional, não política. Na entrevista, ele c Petrobrás.

Energia. Mais cedo, ao participar nesta terça-feira de um painel denominado "Perspectiva Estratégica: sistemas de energia", em Davos, Parente disse que a companhia está atenta à inovação em sistemas de energia. "Inovação é importante, não apenas no uso da energia mas, também, na geração", afirmou o executivo.

Como exemplos de inovação nas operações da estatal de petróleo, Parente apontou citou técnicas de extração com menor emissão de CO2 e esforços para evitar vazamentos.

Em outro momento do debate, o executivo citou que está levantando um fundo de investimento para contratar empresas menores, "para ter resposta mais rápida e melhores ideias para novos modos de gerar energia".

Parente fez um breve resumo do que considera ser importante para alcançar os objetivos climáticos e de eficiência energética, tanto do ponto de vista da companhia como do setor de óleo e gás. 

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"Quando olhamos para empresas do setor de óleo e gás, é muito importante (haver) inovação e digitalização, redução de pegada de carbono e novas formas de energia limpa. E as mudanças necessárias não serão feitas de forma individual mas coletiva e incremental", afirmou. 

Em seguida, mencionou que a Petrobrás pretende aderir ao Oil and Gas Climate Initiative, e que será uma oportunidade de discutir com a indústria ações no âmbito de mudanças climáticas. "Para grandes companhias é às vezes difícil mudar o jeito de pensar. Mas ao menos estamos atentos às demandas da sociedade", concluiu.

A mesa redonda com especialistas versou sobre temas como transição para fontes alternativas de energia, esforços para atingir metas globais de redução de emissão de poluentes e iniciativas públicas em conectividade do tipo "smart city". Também participaram do painel Piyush Goyal, ministro de ferrovias e carvão da India; Ignacio Sánchez Galán, chairman e CEO da Iberdrola; Jean-Pascal Tricoire, chairman e CEO da Schneider Electric; e Rachel Kyte, representante da organização para energia sustentável SEforAll, com mediação da jornalista Bronwyn Nielsen, da CNBC África.

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