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Paro Cívico chega ao fim na Bolívia

Após três dias de isolamento como manifesto contra a expulsão da siderúrgica brasileira MMX do país, prefeitos da região de Gérman Busch irão negociar com o governo ações que gerem postos de trabalho

Por Agencia Estado
Atualização:

Na última sexta-feira, prefeitos de San José de Chiquitos; Puerto Suarez; Puerto Quijarro e El Carmen Riveiro Torrez, conseguiram suspender o movimento "Paro Cívico". Os municípios da província de Gérman Busch irão negociar com o governo a efetivação de ações que gerem postos de trabalho para os moradores da região, último reduto de resistência contra a expulsão da siderúrgica brasileira MMX do país. Durante a última semana, o "Paro Cívico" isolou a cidade de Puerto Suarez. Neste sábado, o local amanheceu silencioso, com motoristas brasileiros chegando para abastecer seus carros com gasolina 50% mais barata que no Brasil e as mulheres formando filas, aguardando condução para fazer compras de alimentos em Corumbá, cidade vizinha do lado brasileiro, no Pantanal de Mato Grosso do Sul. "Paro Cívico" O "Paro Cívico", foi um movimento criado pelos trabalhadores dispensados pela siderúrgica expulsa da Bolívia pelo presidente Evo Moralles. Os manifestantes conseguiram fazer reféns três ministros bolivianos, que foram até a sede do Comitê Cívico da cidade de Gérman Busch, anunciar aos operários a expulsão da EBX. Onze horas depois de terem ficado reféns, o exército os libertou. Os manifestantes, inconformados, rumaram para a chamada Ponte de Amizade, que passa sobre um canal de esgoto a céu aberto, separando a localidade de Gérman Busch, de Corumbá (MS). Fecharam a divisa, até o último dia três, quando grupos de comerciantes descontentes com o bloqueio da ponte que prejudicava os negócios, conseguiram expulsá-los e liberar o tráfego. Com a Ponte da Amizade liberada e vigiada por ativistas contrários ao "Paro Cívico", os grupos liderados por operários partiram para Puerto Suarez, vizinho de Porto Quijarro, onde está instalado a zona franca da Bolívia. Poucos obstáculos nas ruas de Puerto Suarez e muitas agressões para quem furasse o bloqueio, garantiram três dias de isolamento da cidade.

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