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Participação da construção na economia cresceu

Por Agencia Estado
Atualização:

A participação do setor da construção na economia nacional subiu de 19,52% em 1998 para 20,56% em 2002, de acordo com estudo encomendado pela Câmara Brasileira da Construção Civil (Cbic) à Fundação Getúlio Vargas (FGV) e apresentado hoje pela entidade no 7º Encontro Nacional da Indústria da Construção (Enic), que se realiza em Vitória (ES). Segundo o estudo, o número de empregos gerado pelo setor também cresceu no período, de 9 milhões para 12,5 milhões em 2002. Segundo a Cbic, o índice referente à participação do setor na economia leva em conta efeitos diretos, indiretos e induzidos. Para os representantes da indústria da construção, a participação de 20,56% apurada em 2002 reflete uma estabilidade se comparada ao dado de 1998. Entretanto, se forem considerados apenas seus efeitos diretos na economia nacional, a participação do setor caiu de 14,04% em 1998 para 11,09% há dois anos. Essa queda, conforme o estudo, está associada à construção civil propriamente dita, um dos três componentes da matriz insumo-produto do setor da construção, que teve sua participação na economia do País reduzida de 10,31% para 7,96% no período analisado. Os outros componentes da matriz insumo-produto são indústria associada à construção e serviços associados à construção. O primeiro reduziu sua participação de 2,86% para 2,18% em 2002 e o segundo aumentou de 0,87% para 0,95%. Os resultados do estudo mostram ainda que a construção ocupa o quinto lugar no ranking das atividades econômicas, ficando atrás da agropecuária, serviços prestados às famílias, comércio e serviços privados não-mercantis. Outra característica importante do setor, segundo o estudo, é o seu reduzido coeficiente de importação, uma vez que utiliza basicamente capital, tecnologia e insumos predominantemente nacionais. Em 2002, apenas 8,06% do total dos insumos importados destinaram-se ao setor da construção. Em 1998, o índice era de 7,11%. Investimentos - Segundo o estudo da FGV, em 2002, o setor participou com 68,37% dos investimentos realizados no País. Essa elevada participação deve-se à sua atividade nuclear, a construção civil, que isoladamente teve participação de 64,44% nos investimentos. O estudo da FGV mostra também que o setor da construção é responsável por 14,66% dos salários pagos na economia nacional. Uma característica do setor da construção, aponta o estudo, é sua elevada capacidade de gerar empregos. O estudo mostra que os empregos diretos do setor passaram de 5,4 milhões em 1998 para 6,2 milhões em 2002, respondendo por 9,3% do total de vagas no País. Considerando os efeitos totais (diretos, indiretos e induzidos), a geração de emprego do setor saltou de cerca de 9 milhões de pessoas para aproximadamente 12,5 milhões há 2002.

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